A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Segunda-feira, 15 de Setembro de 2008

Da epifania televisiva de ontem ou do meu masoquismo latente


Hoje alguém me evidenciou que o conceito norte americano de looser não tem correspondência com a realidade portuguesa, pois a pirâmide sócio-capitalista é diferente, mais as assimetrias e idiossincrasias multicurais do outro continente que conferem aos papeis sociais outras nuances que não as nossas não permitem a aplicação e blá, blá, blá.

Looser seria, no limite e digo eu, o nosso zé ninguém, mas nem assim está lá perto, não se chega a looser por uma questão de se ter azar na vida; não se é um desprotegido da sorte, não é preciso ser-se alcoólico ou toxicodependente, não é uma característica inata, adquire-se pela diferença e na comparação. Uma espécie de desviante social, a atirar para o azelha. O que está à margem, mas queria era estar lá dentro e chamar looser a outro. Uma espécie de Bobone da etiqueta ou de Tino da política. Para os norte americanos um looser é aquele que não é popular, que não atinge objectivos sociais, profissionais, afectivos e outros estereotipados pela sociedade dominante onde, desgraçadamente, está ou se quer ver metido. É aquele que fica com a mulher mais tosca, o que é gozado e abusado pelos colegas, em quem o chefe descarrega a frustração, enfim, o bode expiatório de tudo e de mais alguma coisa.

Então, e admito sem me conseguir desprender do paradigma americano, assomou-se-me logo ao cérebro um outro conceito fumegante e acabadinho de inventar para tornar inteligível à minha pessoa os 15 minutos de excruciante tormento televisivo a que ontem à noite me submeti no canal com nome de doente e que cumpre o seu desígnio em pleno. O de portugueses trash. E tudo isto porque ontem vi, e juro que só aguentei um quarto de hora na intermitência do zapping, aquele formato americanóide transposto para português da sick em que um otário qualquer faz o teste do polígrafo e leva atrás, para a humilhação pública, uma mulher deficiente emocional, um amigo dos copos e um irmão saloio.

E, alguns de vocês, caros leitores (se os houver), podem até argumentar: "mas quem és tu, ó mulher-de-trinta-anos, para fazeres juízos de valor sobre as pessoas, coitadinhas, que vão à televisão à procura de um complemento salarial e são corajosas e sinceras e humanas e que erram?! Todos nós erramos e tu a achares que és dona da verdade?!" Ao que eu, de antemão, respondo já que não vão por aí. O blog é meu. Logo, digo o que quiser.

 

 

 

 

Uma pessoa passa pela vida sem saber para onde vai, mas como no poema, ao menos que se saiba por onde é que não se quer ir. E quem anda à chuva, molha-se e outros clichés semelhantes.

Duas considerações
Aquela mulher desperta-me a vontade de lhe dar um estalo para ver se acorda, tamanha a demência da relação que alimenta: o homem faz sexo com outras sem preservativo; paga para ter sexo com companhias duvidosas; apelida as mulheres de fracas; não gosta de brincar com a filha; não a perdoaria caso ela (vá-se lá a saber porquê) cometesse adultério e ela ainda responde que não sabe se a relação tem futuro e que sim, ele a ela, assim, em casa, nunca lhe faltou ao respeito, é bom marido, é bom pai... Séria candidata a vítima de violência doméstica. Alguém a alerte.

Aquele homem é uma besta, sem subterfúgios ou máscara, é um perfeito imbecil que há 50 anos era um bom partido e hoje em dia só serve para ser sovado. Um deficiente emotivo, belo exemplar da tradicional educação que advém do "pobrezinho, mas honradinho" e dessa pérola que graça como "se tenho barba é para mandar". Aquele espécime é um básico do piorio: pensa de forma básica e articula a sua visão do mundo à volta daquilo, tipo pescada de rabo na boca ou burro com palas bem estreitas: um homem tem necessidades que a mulher não preenche; a mulher é mãe e uma boca que beija os filhos não faz coisas porcas e vai daí, vai ter com a profissional do sexo mais próxima com toda a legitimidade que a sua condição de género lhe garante. A mulher pertence à casa e é a sua extensão, ambas são coisas sagradas e que ninguém se meta com elas. Um homem tem uma rede social ampla e fortalece-a fora de casa numa alegre variante de orgias com os camaradas amigos (também extremamente másculos e viris) e a mulher faz vista grossa e sofre calada enquanto lhe lava a roupa interior e lhe faz o jantar. Mulher = metamorfose entre empregada doméstica e mãe. Homem = caçador (num sentido amplo) e autoridade. A mulher submete-se aos caprichos do homem porque é da sua costoleta que a mulher saiu e está à margem de qualquer crítica, pois ele, em última instância, é quem sabe, quem decide, quem manda. Manda na mulher e na filha e na casa dele. Nele ninguém manda, muito menos uma mulher.

 

 

 

Anormal! Daí a discussão entre o looser, o zé ninguém ou o atrasado mental. Arremato a 3ª e apelido estes belos exemplares de portuguese trash e estou a ser muito boazinha.


Quando a mediocridade, neste país, é premiada com a módica quantia de 50 mil contos, o que é que nos resta? O suicídio ou a emigração, dizem alguns de vocês, mais radicais. Uma depressão profunda ou a aquisição de hábitos alcoólicos, dirão outros, mais propensos ao bloqueio psicológico e que ainda não leram O segredo.

 

Torturei-me verdadeiramente enquanto via aquele programa asqueroso, é verdade. E voltava lá, só para ver a próxima pergunta e até onde ia a falta de amor próprio do interveniente. Esgotou tudo e ganhou. Ganhou dinheiro, mas deve habilitar-se a perder a mulher e o emprego. Ou então não. Torna-se apresentador de televisão e passa a integrar o rol de personagens vazios das revistas que custam menos de 1 euro e 50 cêntimos. E, no meio disto tudo, vai na volta, estou a ver tudo ao contrário e a looser sou eu.

 


sinto-me: irada
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publicado por amulherdetrintaanos às 19:07
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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007

Os canais televisivos “generalistas” passaram-se de vez, não?

Há anos que levamos com o Natal dos Hospitais. Um clássico de mau gosto, mas um clássico. È ver ali metidos a garnel cançonetistas que a gente nem conhece, todos muito solidários a querer participar (pois, pois); acaba um e vem logo outro, tudo em playback, tudo contente e depois os grandes planos aos doentes (como é que ainda permitem que os filmem? Como ainda vão para ali bater palmas todos tortos e de pijama, despenteados e de chinelos?!)... Foi o início. Da falta de gosto nunca mais nos pudemos queixar desde então na nossa televisão. A ideia era tão boa que os outros canais foram atrás e agora é ver os locais públicos de saúde a transformarem-se em mega estúdios de televisão por todo o país. Não é normal! Será que, se tivermos o azar de ter um acidente, chegados à triagem do hospital da nossa área de residência ainda nos dizem: “Vai ter de esperar, o doutor está a fazer figuração junto a dois doentes acamados e vai demorar”?
 
Será que alguém ainda tem pachorra para ver Malatos, Júlias e ademais com barretes vermelhos a falar do Natal sob qualquer pretexto e felizes, felizes da vida a praticar “solidariedade” com o dinheiro alheio?!
 
O entrevistado entra. Primeira pergunta: “Como era o Natal da sua infância?”. Mas quem é que quer saber o que o Toy fazia quando era (ainda) mais pequeno?
 
Outra pérola é juntarem, aos apresentadores, as suas famílias. E o telespectador leva com a rapariga apresentadeira a chorar copiosamente porque a avózinha foi lá e que gosta dela e que querida e a minha vózinha para aqui e para ali e que a trato bem e ela a mim... pois, ´tá bem, tu e muitos milhares de pessoas e, ainda bem, porque a excepção a isso não é normal, mas não fazes mais do que a tua obrigação e pára lá com a choradeira que estás a ficar com a cara às cores porque a base está a sair toda.
 
O que é que nós temos a ver com a vida doméstica da rapariga?! E nisto o Baião chora também, com a mãe ou a avó ao lado, não percebi, começa-lhe a tremer o beicinho e a lagriminha a aflorar (grande plano da lágrima). Momentos kodak sem necessidade de ir para o ar, digo eu.
 
E depois acrescentem-se momentos arrepiantes, e a roçar o moralmente pornográfico, de completo aproveitamento das desventuras da vida alheia. Qual solidariedade, qual quê, isto é mesmo caridade na pior acepção do termo!
 
A desgraça ou a idiotice sempre deram audiências, mas no Natal devem dar ainda mais a atentar no descalabro que se vê: desde casais desavindos, alcoólicos, sem dinheiro, desempregados, toxicodependentes em convalescença, vítimas de violência doméstica, crianças vítimas de maus tratos, doentes, inválidos, doentes inválidos e sem dinheiro e desempregados e vítimas de violência, há de tudo, escolhidos a dedo. As pessoas nem percebem ao que vão e quando percebem ainda agradecem!!!
 
Ainda bem que não estou obrigada a ficar em casa, tipo, prisão domiciliária; nem tenho noventa anos e com este frio não posso sair, pois, o mais certo era também cair no visionamento desta idiotice pegada.
 
E que tal fazermos um bloqueio a estas calamidades. Vá lá, toda a gente a desligar os televisores. Acabou, só os voltamos a acender no dia 1. Ah? Que tal? Era bem feito, não era?
 
 
 
 
 
 
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publicado por amulherdetrintaanos às 22:56
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