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Eu que não cozinho muito em casa, fazendo, entre outras actividades equivalentemente importantes, uma azáfama de coisas relacionadas com a higiéne íntima e pública de todo o agregado familiar (vulgo, tratar da roupa), vi-me ontem a braços com o chef (de cuisine) aqui de casa cansado de ponderar refeições. Vai daí, sem ter lanchado nada em condições assolou-me a ideia (e isto com as ideias culinárias de que sou acometida há um sério e directo estabelecimento relacional entre cérebro e estômago) de uma simples (tal a vontade de ser um masterchef) sandocha com tudo aquilo que eu, cheia de fome e inércia, conseguisse tragar.
Saíram duas bruchettas. Ambas almofadadas com azeite e alho moído ao minuto. Uma de queijo mozarella, tomates cherry, tomilho fresco e pimentas; outra de bacon e cogumelos (não frescos, enlatados), assadinhos na frigideira sem mais gordura nenhuma, com queijo parmesão por cima. Lá foram ao forno e estavam deliciosas. Pequena sereia nem quis provar, apenas disse olhando... "papa dos crescidos!". Também diz o mesmo quando comemos pizas, coisa que odeia. Jantou bife com esparguete, sopa de morango beterraba e muitaaaas uvas (sem graínha, vivam os senhores engenheiros genéticos agrónomos).
E para quem diz que bruchetta é só entrada, eu contraponho que, se a fatia de pão for grande, passa a prato principal.
Estão a ver este bonito panelão de barro?
Serve para preparar tangines várias. Literalmente levei com ele nas costas durante mais de mil quilómetros. Vinha encavalitado na mota, logo atrás de mim, na nossa última viagem a Marrocos. Tem tido muito uso desde então. Quase sempre cozinhando kefta. Delicioso!
... a colocar aqui uma receita.
Como jantei sozinha ponderei duas alternativas, pizza no forno ou um banquete muito saudável. Escolhi a segunda. Não sei porquê. Isto daria uma excelente hora de terapia...
Eu vi esta receita num blog, mas não me lembro sinceramente qual. Depois a Angela, do programa de culinária que tem o "bites" a seguir ao nome, fez uma coisa parecida e eu resolvi-me a experimentar a receita há umas semanas e acrescentei algo meu: umas coisas que tinha no frigorífico, essa grande invenção da civilização moderna ocidental.
Designei eu a respectiva receita de gratinado campestre, pois comer uma coisa sem nome, não tem grande piada (Ah, ontem fiz um prato muita fixe!; -Como é que se chama?; -Não sei, mas era bom!).
Então, segue o meu Gratinado Campestre...
Escolhem-se os vegetais do coração que se tenha em casa. Depois de os lavar é melhor ligar o forno e apontar o botão para o lado dos 200 graus centígrados.
Amontoam-se os vegetais, cortadinhos em rodelas num sítio onde não atrapalhem.
Corta-se um alho francês, uma cebola e uns 3 alhos e refoga-se por pouco tempo com azeite. Juntam-se, no fim, as ervas (todas as que tiverem à mão, a hortelã fica excelente). Olhá ilustração...
Mistura-se o refogado com os vegetais, que estavam de lado e a ficar amuados, no recipiente onde irão, num futuro próximo, ser assados. tempera-se com sal, pimenta e umas duas colheres de mostarda (a de Dijon fica mesmo bem, mas eu já não tinha e foi com a normal). Olha outra ilustração...
Se considerarem necessário acrescentem um pouco mais de azeite. Revolve-se a mistura muito bem revolvida. Mais um pouco de queijo parmesão no topo (eu também não tinha e ralei um pouco de um queijinho de nisa na hora- tenho de ir às compras). Coloca-se dentro do forno durante 35/40 m. Lá foram...
Quando estiver pronto, as leguminosas de cima estarão apetecivelmente tostadas, as de baixo, com sorte, não estarão queimadas e nada estará cru. Não se esqueçam que os vegetais têm muita água no seu interior (há muita gente que também acha que têm sentimentos...), por isso não desconfiem que poderão ficar secos ou mal assados e não os afoguem em gordura.
Sai do forno. Podem juntar um queijinho feta ou de cabra ou outro que vos aprouver e servem.
E depois ofereci-me um capuccino. E mais um cigarro que isto de cozinhar, mesmo com vontade, cansa um bocado.
E depois ainda, amontoam-se as quinhentas peças de loiça na segunda maior invenção da civilização ocidental moderna: a máquina de lavar e voilá!