A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Quarta-feira, 11 de Junho de 2014

Um poema de um tempo, em parte, desaparecido que eu costumo lengalalengar à noite à minha criança

Para além da Trafaria

 

Minha mãe, haverá mundo
para além da Trafaria?

Não sei, meu filho. Não sei.
Tudo aquilo que sabia
já no meu sangue te dei.

Que serras são estas, mãe,
que não nos deixam ver nada?

São rugas que a Terra tem.
Não maces a tua mãe.
Deixa-me estar descansada.

Ó mãe, que rio é aquele?
Onde nasce e onde morre?
Ó filho, é Deus que o impele.
Entretém-te a olhar para ele.
É um rio. Tem água. Corre.

Quando eu for crescido, mãe,
quero saber e entender.

Ó filho, o supremo bem
é cada qual, com o que tem,
resignar-se e agradecer.
Deus faz tudo pelo melhor.
Não se engana nem se esquece.
De todo o mal, o maior,
seria sempre pior
se Deus assim o quisesse.
Ninguém foge ao seu destino.
Está tudo determinado.
Não penses com desatino.
Dorme, dorme, meu menino,
Um soninho descansado.

 

António Gedeão, in Poemas da Gaveta: Poesias Completas- 1956-67

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publicado por amulherdetrintaanos às 14:57
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