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A Folha do Povo, Lisboa, 19/02/ 1888
O interregno foi longo, mas prometo ser mais assídua. Para já e para alegrar a sexta feira d@ incaut@ que aqui passar, por engano lá está, que depois de tanto tempo, este blog está empoeirado, fica esta nova rubrica estreada hoje: "Às sextas leio jornais com cento e tal anos e comento notícias sem interesse que me ficam na cabeça". Esta é uma delas.
Marie decide-te e não sejas mazinha sem razão: ora ou és apologista da pintura ou não és. Não se percebe. A Marie acha que se pinta com decoro e naturalidade (?), mas já aquelas malucas que andam pelo Chiado são umas excessivas sem gosto. Também se diga que a Marie resume em si mesma anos e anos de competitividade subliminar de género: ora a ela perguntam-lhe porque é que, entre tantas mulheres, há poucas tão belas?! Marie, esta frase foi de homem e mais, Marie, tu vê lá que isto mesmo em 1888 já era um cliché usado na canção do bandido. Então ele deve ter-te dito qualquer coisa do género: Ah, pois tão linda que és assim ao natural com essas olheiras e esse buço encravado e olha aquelas monstras de pele tão branquinha, rosadinhas e de lábios carnudos, ai que camafeus! E tu acreditaste nele. Eu não sei, Marie, como te maquilhavas, nem o que te aconteceu pois que nunca mais escreveste para o jornal no ano de 1888, mas esta carta era desnecessária, tudo se resume à falta de jeito para a aplicação e isso podemos nós comprovar se visionarmos as intervenientes femininas da casa dos segredos mais de 100 anos depois. Ó Marie, se pudesse viajar no tempo levava-te um BB creme e um blush líquido da Benefit e aí é que tu vias o que era natural!