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está a deixar-me louca.
Nunca nesta minha vida de mais de trinta anos estive tanto tempo parada, tão parada, tão deitada.
Não estou programada para tamanha inércia.
Dias longos e iguais.
A minha mãe e o homem de trinta anos a fazer coisas por mim, para mim. Eu deitada. Eles a correrem de um lado para o outro, tão activos, tão rápidos, tão cansados, aposto.
E eu deitada.
Dito assim até pode ser o sonho de muita gente. Eu também suspirava por dias de chuva em casa, mantinha nas pernas, muita leitura, filmes em dia. Qual resposta cósmica, toma lá 7 semanas de acamação. Só passou uma.
O mundo lá fora, desfocado da minha janela, a bombar e eu aqui a intervalar os programas da histriónica Júlia Pinheiro com os do Goucha e parceira, a qual nunca me tinha apercebido ser tão irritantezinha com um nível de humor abaixo do Fernando Mendes). E aquela apresentadora substituta da Fátima Lopes? A Iva qualquer coisa? Pergunta, responde e faz festinhas aos pseudos entrevistados e, pelo meio, verteuma série de opiniões lacrimosas sobre o mundo e a vida. Pérolas.
Também já percebi que a tv cabo repete á noite toda a programação da tarde. Eu sei que os perfis de público mudam com os horários diários e tal, mas e então, os encerrados em casa? Também temos direito á diversificação, pá.
E agora, para se perceber o nível a que a monotonia me entrega, a única coisa que ontem retive da tv:
Quem está na floresta e tem 14 testículos e um par de mamas?
Quem?
A Branca de Neve e os sete amiguinhos!
Queria nascer antes do tempo!
Apressada!
Estes tempos já lá vão. Agora é sofá e cama até ao Natal!
Este blog vai andar tão actualizadoooo!
Consigo tricotar um casaquinho de lã e ver os Walking Dead em simultâneo, trabalhar full time, folhear catálogos de papel de parede com uma mão e com a outra teclar muitos emails, beber quase dois litros de água no entretanto, fazer duas visitas guiadas num dia de trabalho, preparar uma comunicação, falar com os familiares recônditos que agora se lembram de ligar, pendurar babygrows pequeninos no armário, responder 20 vezes por dia à pergunta "Como é que está o bebé?" *, ir ao cinema, olhar para os babygrows pequeninos no armário, brincar com o meu gato durante dez minutos seguidos, fotografar a minha linda e redonda barriga em poses diferentes e comer coisas saudáveis.
O "síndrome de nidação" (como os experts lhe chamam) começa a ganhar pontos.
*(Sorriso meu, muito cândido e fofinho, enquanto retenho a seguinte ladaínha que qualquer dia dia sai acompanhada do tal sorriso cândido: O bébé está melhor que eu: está sossegado a fazer coisas que se fazem in útero e a dar as cambalhotas que lhe passam pela cabeça, as vezes que bem lhe apetece, enquanto que eu estou aqui a trabalhar e já apanhei duas chuvadas hoje, deixei o carro onde o diabo perdeu qualquer coisa porque pensei que hoje não chovia e resta-me o autocarro para chegar a casa daqui a 3 horas!!!)