Ir até ia, mas ao preço que estão não marcha nada.
Será que ainda existem avós tradicionais e cozinheiras de primeira água que passem dois dias a cozinhá-las? A minha fazia filhoses. E boas. Elaboradas à mão e com a massa a levedar num grande alguidar vermelho com um paninho de cozinha a cobri-lo (a ASSAE até se passava se já existisse). Depois distribuía as ditas pelos filhos, irmãs e algumas vizinhas. Boas filhoses... e saíam baratas.
Hoje não. Peço uma filhós para acompanhar o cafézinho matinal no café da D. Rosa e toma lá com um euro pela bolinha carcomida, oleosa e enfezada coberta de açúcar e canela!
Olho em volta e que vejo? Um cartaz natalício “Vendem-se filhoses à unidade!”. Até lhe perguntei, incrédula, se o negócio tinha saída e vai- se a ver tem mesmo.
Estou na profissão errada. Devia ser pasteleira.