A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Segunda-feira, 5 de Setembro de 2011

E uns valentes pares de estalos? Esse hino mediterrânico à educação clássica

A mais grave crise neste momento nem é bem a económica, tem a ver sobretudo com a proliferação de uma subcultura muito jovem e eticamente raquítica com um problema de identificação de alguns valores morais. Creio mesmo que em muitos bons lares portugueses pululam criancinhas aparentemente inocentes e angelicais e que, quando em grupo, praticam cada crime que poria o vintage carteirista, essa figura obscuramente mítica, a corar de vergonha. Dois exemplos. Dois miúdos de uns 10/11 anos, entenda-se fedelhos, roubaram por esticão uma senhora com idade para ser avó deles bem num centro urbano. Puxaram e correram, diziam as testemunhas, pois eu não vi, mas o nervoso e o choro da senhora roubada convenciam qualquer pessoa. Nunca mais ninguém os viu. Segundo exemplo, os 5 caixotes do lixo da minha rua, esses pobres contentores que, de há 2 meses a esta parte (quando as aulas terminaram, não?), são consecutivamente incendiados. Duas vezes aconteceu isto, duas vezes foram repostos. Moradores a ligar por socorro, bombeiros a apagar, polícia a tomar conta da ocorrência e miliantes, nem vê-los. Ontem foi a terceira. À noite, um clarão ilumina o céu, um cheiro nauseabundo invade o ar e mais dois caixotes à vida. Moradores a ligar por socorro, bombeiros a apagar, polícia a tomar conta da ocorrência... Toda a gente avista um bando de imberbes a rondar os caixotes minutos antes, mas depois ninguém vê nada! E a Junta de Freguesia que os reponha! Isto são recursos deitados fora! Eu acho que, neste momento, há realmente um grave problema com uma geração muito alienada da sociedade em que se insere. Uma espécie de sociopatia por contágio. Faz-me lembrar "O Senhor das Moscas", mas com adultos à mistura, o que ainda torna a coisa mais grave, pois parece que há no ar a ideia de que se a dívida pública diminuir Portugal fica no paraíso e o restante estado social do país se resolve por si só. Se calhar sou só eu que considero que Londres é já ali e as nossas criancinhas para terem pais que as alimentem, vão deixando de ter quem as eduque. É que não há tempo para tudo, mesmo em alturas de crise económica.

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publicado por amulherdetrintaanos às 18:04
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Terça-feira, 3 de Fevereiro de 2009

Estas conjunturas globais e globalizantes começam assim

 era suposto aparecer uma bd do Calvin, mas teima em não aparecer. Vou esperar umas horas e voltarei...

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publicado por amulherdetrintaanos às 19:52
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Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009

Jaquim, Jaquim, Jaquim, Jaquim, Jaquim, Jaquim...

E quando os nossos interlocutores momentâneos, devido a uma conjuntura laboral irreversível, se revelam habitantes de uma outra dimensão dissimulada na mesma realidade só para nos enganar?

 
Da assertividade de assunto passa-se, sem nos apercebermos, para matérias tão esotéricas que acabamos a ouvir uma toada indistinta e, enquanto tentamos recolocarmo-nos no assunto alheio, já outro passou para discussão principal do monólogo e esse, meus caros, pode durar, diz quem já foi vítima, até duas horas.
 
E depois?
 
Depois eu considero estes seres amplamente ego centrados e irritantes e não tenho paciência.
 
Fim da conversa.
 
Com esta colega, em particular, aprendi o poder e a eficácia de que se reveste a brutalidade da entoação verbal:
 
“Pois, eu não tenho nada a ver com isso e preciso de continuar a trabalhar. OK?!!!”
 
E sem sentimentos de culpa que a mulher leva-me da exaustão psicológica à mais profunda exasperação impaciente.
 
Irra!
 
Este post poderia ser resumido da seguinte forma:
 
Há pessoas chatas, mas tão chatas, daquelas mesmas chatas (tipo o sketch do “Jaquim Car” dos Gatos Fedorentos) que toda a gente foge delas e eu trabalho com uma.
 
[e depois encontrei mais 3 cabelos brancos espetados na minha franja... não um, não dois... três!!!- causa-efeito, só pode!]
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publicado por amulherdetrintaanos às 20:55
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Terça-feira, 20 de Janeiro de 2009

Com um brilhozinho nos olhos

Sem saia rodada, mas com um sorrisinho, mesmo que pequeno e pouco rasgado, será pedir demais?

 
É de mim ou as pessoas andam muito rezingonas? Mais, eu até me atreveria a dizer que as pessoas andam deveras zangadas.
 
Não, não vou analisar A “crise”, deixo essa tarefa entregue aos manipuladores de psicologia de massas que entram pelo televisor de cada teimoso que o continua a deixar acesso em horários mais ou menos nobres.
 
Há “crise” e há “crise”, tal como no poema em que “há mar e mar”.
 
Não vou fazer a historiografia da aplicação global da noção de liberalização da economia e deixo a outros o esmiuçar de conceitos tais como o de “finanças” e “globalização”, “mercados” e “capital”.
 
Com trinta anos e a crer no que os opinion makers nos levam a acreditar, eu já passei por três grandes “crises”: primeiro foi a “crise da indústria” no princípio da década de 1980, tinha eu uns cinco anos ou seis anos, que afectando na minha região a indústria da reparação naval da Península de Setúbal deixou no desemprego tantas centenas de pessoas que cada um dos habitantes havia de ter um familiar, amigo ou conhecido desempregado e, antes disso, sem receber salários há vários meses: na escola, a meias com o entoar repetitivo da canção da “Abelha Maia” e do “Rui, o pequeno Cid”, lá se levava de casa um papo seco com queijo a mais para os meninos com o pai sem trabalho e a cantina foi transformada em refeitório que servia almoços com sopa de coentros alentejana. A dependência anterior a uma indústria mãe foi aqui substituída por outra e esperamos todos que a produção automóvel continue por largos e bons anos senão volta a acontecer o mesmo: comércio afectado, oficinas e subempreiteiros atingidos, poder de compra prejudicado, lojas a fechar, casas devolutas e desemprego a aumentar numa espiral de desgraça individual que não há unidade doméstica ou rede familiar que se aguente.
 
Depois foi durante o cavaquismo. Enquanto se faziam catrefadas de novas estradas, o muro caía, iniciavam-se cursos de formação de tudo e mais alguma coisa e remunerados, privatizava-se este mundo e o outro e caía o nosso poder de compra outra vez. Implantaram-se umas medidas avulsas, génese da base deste nosso tão falado modelo económico ocidental que hoje é estrela e faz manchetes. Aquilo foram tempos esquisitos e pouco fiáveis, mas eu, nessa altura, era muito despojada, estava mais interessada em gravar de vinil para cassete e algumas coisas passavam-me ao lado.
 
E agora é esta “crise”. Mas vamos lá a ver uma coisa. Quando se fala da “crise” estamos a falar de quê?
 
Da fragilidade do nosso “mercado” no sector das exportações mundiais? Da nossa dependência gordinha e bem nutrida por longos anos a importações tão ridículas como materiais para reparação de transportes públicos (havia a Sorefame, não havia)? Do resto dos 20% de indústria nacional que mal se aguentavam há largos anos e que agora morrem de vez todos os dias? Dos 15% de indústrias manufactureiras fragmentadas por países com “mão-de-obra barata e baixos salários” como apregoou o ministro-gaffe deste governo que é o nosso porque foi posto lá (e disso não se podem escusar à vox populi do cliché “Puseram-nos lá” que com a doença não se brinca e a democracia está com uma daquelas prolongadas), agora em alegre debandada para terras mais áridas? Do novo Código de Trabalho e da rescisão de todos os contratados à pressa e à balda de tudo quanto é sector terciário e quaternário, quantos mais houvessem? Do incipiente e moribundo sector primário que qualquer dia só serve para postal turístico? Da desertificação do interior do país? Do novo fenómeno da deslocalização da procura de emprego e da sazonalidade de trabalho com que os combativos autóctones do interior português pelejam a ausência de tudo, apanhando por um mês peras no País Basco, por dois uma empreitada na Galiza ou por três semanas uns morangos na Andaluzia? Da fuga, para a frente e para fora daqui, ao desemprego nos recursos humanos qualificados deste país? Ou das crises nervosas que provoca um telejornal em qualquer canal (com hipótese de epilepsia se for da tvi e de convulsão grave seguida de perda de consciência se for o da 6ª feira)?
 
Qual crise?! A da educação? A da Saúde? A da Segurança Social? A da “insegurança”? Esta da insegurança é a “crise” mais parva de todas: antes de ser já era. Só há insegurança se antes houvesse havido “segurança” e nenhuma sociedade humana foi alguma vez segura: a culpa é da improbabilidade de medir exactamente a reacção humana, por isso vão lá vender a “insegurança” para outro lado.
 
A “crise” de não haver massa crítica neste país e todos os comentadores se resumirem a clones uns dos outros, enfileirados num tacho de remunerações por comentário insignificante e alinhadinho? Bem, haver massa crítica até há, mas está tão terceiro mundistamente arredada de qualquer foco de visibilidade pública, por isso, é a mesma coisa de não haver.
 
E no meio disto tudo existem as pessoas que independentemente de terem mais ou menos dinheiro, mais ou menos créditos, mais ou menos filhos andam esmorecidas, rabugentas, impertinentes, arrogantes, mal dispostinhas, amuadas. Não há sítio onde uma pessoa vá em que seja bem recebida. Eu já não digo que a caixa do supermercado me dê um grande abraço depois de me passar as compras pelo código de barras, mas daí a nem sequer me dizer nada e ficar a olhar para mim inquisitoriamente à espera que eu olhe para o visor com o total das compras e lhe dê automaticamente o dinheiro…
 
Da caixa do supermercado, aos outros condutores que até apitam porque uma pessoa entra na rotunda primeiro e fazem sinais de luzes quais códigos morse porque uma pessoa pára num stop, à senhora do café que quase me bate se lhe dou uma nota de 5 euros para pagar o café, à da bomba de gasolina que amua se lhe peço o recibo, anda tudo a remoer não sei no quê.
 
Talvez andem a reflectir naquela notícia que relacionava a crise com a depressão e aventava, sub-repticiamente, a hipótese do número de suicídios subir este ano.
 
Mas vejam lá, não se ponham com ideias que crises há muitas e se dantes se morria por amor com o corpo a dar ao manifesto e a definhar, a definhar até sucumbir ao sofrimento maior da alma e do coração, hoje em dia isso já não se usa e entre morrer de amores ou morrer pela “crise”, não vale a pena, nem um, nem outro. Morre-se quando se morre e sem falsos moralismos, filosofias mais ou menos teológicas à parte, não vale a pena sucumbir a tanta crise pegada.
 
Com a natalidade a baixar assim, se a taxa de suicídios aumenta, lá se vai a réstia de produtividade esperançada e a batata quente chamada “crise” fica a aboborar mais tempo do que o previsto e quem fica cá lixa-se sozinho. E lixar sozinho é que não. Ou nos lixamos todos ou não se lixa ninguém.
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publicado por amulherdetrintaanos às 19:50
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