A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Segunda-feira, 7 de Janeiro de 2013

Brand new year

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2012 Chegou ao fim E foi um bom ano. Um ano que me fez querer ser melhor pessoa devido à nova pessoa que coloquei no planeta. Eu também tenho uma lista. A lista tem 6 determinações altamente premeditadas: 1. De há uns anos a esta parte tenho exercitado a palavra "não". Vou continuar a ginasticá-la. 2. Não vou viver os problemas e as reacções dos outros: não os posso resolver, não me deveriam afectar o estado de espírito. 3. Quero que a minha filha encontre nela e nas coisas mais simples ao seu redor alguma essência de inspiração, entusiasmo, apelo à criatividade, à imaginação e à partilha que, acredito, serem o âmago de se saber apreciar os momentos felizes da vida. Continuar a valorizar os passeios ao ar livre, o contacto com os outros, a observação da natureza, a leitura de uma história ou a audição de uma música... 4. Organizar melhor o tempo de modo a não me sentir dividida e frustrada por tudo o que queria fazer e não fiz. Isto implica ter tempos para tudo (e não tudo ao mesmo tempo que é sinónimo de nada) com a consciência de que o tempo com a minha bebé tem de ser calmo, disponível e sem ansiedades, mesmo durante a semana. 5. No seguimento do conteúdo de um blog que, este ano, me fez cada vez mais sentido e descobrindo a minha aptidão decana para o destralhar a casa e a mente, adequarei algumas, estratégias para me descomplicar: primeiro a, gavetas e escritório. 6. Tentar alcançar serenidade. Espero continuar a exercitar os níveis de paciência à medida que a minha filha cresce e se individualiza. As 6 determinações altamente objectivas são 7. Continuar a escrever sem acordo ortográfico, alteração que me faz sentir uma iletrada. Em trabalho uso o conversor porque tem de ser. 8. Insistir em poupar 10% do meu ordenado mensal, o que parecendo pouco provável para este ano, não é impossível, como já constatei o ano passado: comprar uma lancheira e reduzir gastos supérfluos. 9. Escrever com mais regularidade aqui porque é um sítio que gosto, já o faço há mais de cinco anos, conheci e reencontrei algumas pessoas em blogs e dá-me prazer escrever. 10. Fazer uma pequena viagem a dois ou um ou outro fim-de-semana fora sem a pequena sereia. 11. Comprar um sofá novo, confortável e grande. Sou poupada, mas nunca gostei do sofá oferecido quando viemos para esta casa e que não é de todo ócio friendly. 12. Instagramar muito após prenda recebida no Natal: quem quiser seguir estou lá com o estranho nome de jibujinha, pois que passei uma hora a tentar registar-me sem sucesso e eis que, quando aparvalhei no nome, foi de vez! Bom ano!

publicado por amulherdetrintaanos às 15:30
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Domingo, 3 de Janeiro de 2010

Admirável década nova

A Internet em números em 2009

 

Estou contentinha. Contente de estar aqui, no início da década de 10 do novo milénio. No início daquilo a que o Buck Rogers nos prometia para o século XXI: abundante tecnologia, novas fronteiras, outros mundos dentro do nosso. Apesar das novas farpelas insosas derivadas do latex, a ética permanecia e os princípios humanistas fortaleciam-se face ao confronto com outros.

 

O prolema é que deverá ser preciso um novo século para emergir uma noção qualquer de terráqueos, um novo slogan do género: habitantes do planeta Terra uni-vos! Questões como o aquecimento global, a fome, a desertificação continuam a ser nichos de interesses. O terrorismo, essa concepção que nada tem de global, apesar de advir da globalização, parte a nossa ideia de mundo ao meio. Mais uma vez ficaremos privados de uma metade do planeta e, novamente, por muito tempo. Colocaram-nos sobre os ombros uma nova fidelidade, a de sermos europeus unidos, mas podemos deixar de acreditar de vez nessa frágil construção artificial da nova economia a que chamamos União Europeia a qualquer momento simplesmente porque lhe falta uma coerência e identidade histórica marcante.

 

Não sei o que será a interpretação desta década daqui a 50 anos, mas estou contentinha por estar dentro dela. Também não tenho outro remédio. As influências para a minha vida imediata não são muitas, mas consigo relevar as seguintes:

 

- já não existem ídolos planetários; agora multiplicam-se cantores, actores, artistas plásticos, anónimos face booquianos e afins para toda a gente e pessoas como o Mika ou a lady gaga ficam quietinhas no cantinho da mtv que hoje já é só uma aldeia provinciana;

 

- podemos reivindicar tudo aquilo que quisermos; podemos é continuar a não ser ouvidos, mas podemos reivindicar, assinando por clique petições on-line expresso.

 

- estamos muito, muito informados sobre tudo e, ao mesmo tempo, sobre nada: o nosso, e os outros, parlamentos eleitos por nós continuarão a decidir questões sobre as quais não temos qualquer informação e a democracia participativa crescerá em desproporção à nosa sub informação sobre questões centrais para a nossa existência.

 

- acreditamos na ilusão de que podemos chegar a qualquer parte do mundo e qualquer parte pode chegar até nós. O problema é que essa parte é uma elite proporcional àquela a que pertencemos. Os milhões de famintos do mundo, os milhões de refugiados e os milhões de pessoas que sobrevivem para lá da definição de pobreza estão a anos luz da nossa ilusão.

 

Bom Ano para todos, seja lá o que isso for. Para mim será a tentativa de praticar o contínuo exercício da capacidade de conseguir ser  feliz.

 

 

 

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publicado por amulherdetrintaanos às 15:48
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Segunda-feira, 12 de Janeiro de 2009

O ano que já não é ano e o novo que continua a ser

Acabou-se a pausa blogueira movida a preguiça e alimentada a ócio que os dias de férias natalíssimas facilitaram. Foram tempos (que parecem já distantes) de elaboração frenética de malas de trapilho para oferta (tão lindas que ficaram, ofereci todas, fiquei sem nenhuma), chocolates, passeios, leituras, teatros e cinemas, chocolates, decoração de interiores ao melhor estilo de “queridinho, fofinho-não te passes mas- mudei a casa (de banho incluída que eu não brinco e um só compartimento é pequeno demais para os meus laivos de criatividade anuais).

 
Foram-se os livros recebidos no Natal (todos tão bons que não podiam esperar) e foram-se os livros oferecidos também (que eu ginástico muito na selecção com uma pontinha de premeditação egocêntrica, devo confessar)...
 
 E depois passei-me… de ano…
 
Eu creio que já aqui expressei uma vez a minha descrença e cepticismo face à comemoração gregoriana sobre a finitude de um ano (muito discutível) e o despontar de outro que se lhe segue.
 
Daí ter sofrido uma crise de inspiração blogueira a que não foram alheios esses saudosos dias de férias do entretanto.
 
Estamos na segunda semana inteirinha do ano de 2009 e eu estou igualzinha ao que estava há 12 dias atrás: não engordei, nem emagreci, ainda não paguei a factura dos serviços municipalizados de água e saneamento; a caixa de mudanças do carro continua a arranhar, a minha franja ainda não cresceu o suficiente, continua a descair para cima dos olhos, o que me faz permanecer há semanas com um gancho (giro, ´tá bem) amarfanhado no alto da cabeça que nestes dias de frio consegue quase sempre ficar agarrado ao meu gorro (também muito giro) e o meu molar ainda não está em condições de ser totalmente restaurado.
 
Há coisas parvas que fazemos em prol da tradição, mas nenhuma mais sem sentido do que a “passagem de ano”.
 
Por exemplo. O Natal é querido, come-se bem, dá-se miminhos, faz-se embrulhinhos, somos simpáticos, atenciosos, voluntariosos. Outro ritual agradável será a altura dos santos populares. Mas lá está, tudo o que é demais (como a “passagem de ano”) é excessivo e, apesar de não cheirar mal, aflige-me pela sensação de vazio e de significado. Por exemplo, nos santos populares é fofinho e engraçado comprarmos um manjerico, no São João ou no Santo António, ou para quem goste mesmo, também no São Pedro. Agora já é um bocado piroso irmos oferecer um à nossa cara-metade (reparem que eu nem conjuro o facto de ela mo oferecer a mim). Depois também é engraçado irmos “aos santos populares”, ficarmos a cheirar a sardinhas, fazer um périplo pelas tascas. Agora já é esquisito (pelo menos para mim) ir ao grupo marchante da minha rua oferecer-me para marchar vestida de repolho e com uma caravela à cabeça na expectativa de saber se vou descalça ou de chinela.
 
Sendo a “passagem de ano” uma transição obsoleta e sem sentido reitero, uma vez mais, o meu repúdio pela obrigatoriedade da bebedeira, do sorriso rasgado e da maluquice pegada, características imprescindíveis para “se passar de ano”.
 
Com o pé direito?! E as pessoas que não têm pé direito? Por exemplo, o que dizem ao C. Brown (conhecido na versão do Daniel Day Lewis) que só usava o esquerdo? –“´Tás desgraçado! Para ti todos os anos vão ser meses arrastados de desdita?!
 
Fúria, Pânico, medo, ansiedade: “As 12 passas?! Onde estão as 12 passas?! Por um acaso tal significa que se, na pressa do momento, na confusão da garrafa de champanhe que não abre e na do vizinho do lado que já abriu, nos acertou, entretanto, com a rolha no olho e, escorregando na espuma que jaz no chão mercê da terceira que já tinha sido aberta às 23h30m por um compincha ansioso, uma pessoa conta mal e só come 11 passas? E pior? E se come 13?! Ora se cada uma daquelas uvas mixurucas tendem a representar a abundância, a fertilidade, a reprodução, tudo isto numa ideia alargada de abundância, de sorte, de felicidade, de comida, de dinheiro… seremos, sem o saber, bafejados com mais ou com menos na exacta proporção das passas ingeridas?
 
Meia noite. À meia noite toda a gente tem de estar hiper, mega contente. O álcool e outros desinibidores orgânicos ou sintéticos são aparentemente ajudas preciosas. O facto de se levar com a rolha da garrafa também, pois fornece adrenalina.
 
Cheguei pois à conclusão que não me lembro de todas as passagens de ano que já experimentei. Ano após ano guardo as duas últimas e, numa espécie de rodinha bota fora, estas vão caindo conforme o tempo vai passando. Nem sei onde estive, nem o que comi, nem o que vesti, nem em que carro fui e só tenho uma vaga ideia das pessoas por associação a outras coisas. Se existe uma sensação de amnésia selectiva eu experimento-a com a passagem de ano. E isso não seria muito provável tratando-se de um ritual sério, pois não?
 
 
E depois não suporto a ilusão, mas isto é característica pessoal e não se sintam ofendidos. A magia nunca me despertou qualquer interesse, já o simbólico associado é deveras interessante.
 
Porque raio é que toda a gente faz planos infundados para o “próximo ano”, iludindo-se?
 
Porque razão a megalomania é hoje sinónimo de falta de imaginação, de vontade e de ambição?
 
Isto é uma pergunta retórica. Eu percebo, mas acho parvo na mesma porque se houvesse alguma lógica de efeito-consequência; alguma racionalidade ou mesmo algum fragmento de desconstrução mágica da coisa ainda se percebia, mas eu tenho ouvido “desejos” profundamente insólitos e cerebralmente rudimentares.
 
Então, mas o que é que se passa com a ideia das pessoas tomarem o seu destino nas suas mãos (que é o mesmo que recorrer àquela máxima do “se não fores tu a fazer, ninguém faz por ti”)?
 
“Ganhar o euromilhões”, este ouvi muitas vezes. Principalmente para quem não joga ou para quem joga ocasionalmente, mas mesmo que seja, como não é o caso, para um jogador compulsivo é um desejo estúpido e matematicamente imponderável. É irrealizável ou, pelo menos, muito impraticável: façam as contas, apliquem a lei das probabilidades, francamente.
 
“Comprar um carro topo de gama” para uma pessoa que ganha muito pouco e já tem um crédito à habitação para pagar também não é uma coisa concretizável: ou procura um emprego melhor e depois compra o carro ou é certo e sabido que o carro há-de ser repescado pelo banco num curto espaço de tempo.
 
“Encontrar uma namorada” é outra coisa esquisita porque dá a ideia (uma certeza que eu tinha assente nas histórias infantis) de que quando se quer encontrar alguma coisa andamos de candeia a espreitar em todo o lado para ver se encontramos o que procuramos. E os pares namoradeiros, matrimoniais ou outros não se arranjam assim, não andam pessoas aos caídos com placas na mão (“estou livre, encontra-me”). Só a frase dá ideia de que a pessoa está desesperada e se contenta com qualquer coisinha (do género: “Olha já “tenho” namorada, por acaso teve umas relações maradas no passado, chegou a matar o animal doméstico do último namorado depois dele acabar com ela, é um pouquinho possessiva, mas já estamos em Dezembro de 2009 e era ela ou outra que “arranjei” no verão, mas vim a descobrir uma semana depois que era casada com um tipo que é segurança numa boîte e como não quero chatices e queria mesmo uma só para mim, sobrou esta…”).
 
Isto tudo para dizer que tenho para mim que este ano, na continuação dos últimos, será caracterizado pela progressiva descrença dos indivíduos nas suas capacidades individuais, acompanhada por grandes doses de desculpabilização de todas as responsabilidades a que individualmente seríamos, idealmente, moral, ética e socialmente obrigados a assumir; uma imensa dose de preguiça, sobretudo, mental e a um crescendo de mesquinhez.
 
Isto tudo porque acredito que se não for eu a fazer pela minha vidinha não há-de ser mais ninguém: se eu não trabalhar, se eu não investir na minha formação, se eu não for eticamente correcta, se eu não pagar as minhas contas, se eu não votar, se eu não ler várias coisas e de vários autores e publicações estrangeiras e portuguesas, se eu não for curiosa, se eu me deixar ficar no meu cantinho e não reivindicar, se eu não me empurrar a mim própria, se eu não viajar, se eu não me interessar por várias coisas, por arte, por história, por geografia, por cinema, por teatro, por pintura, por fotografia, pelos outros e por mim principalmente eu seria, não por ordem, mas aleatoriamente…
 
… uma pessoa muito inculta,
 
…. Uma pessoa que não conseguia encontrar a relação entre o hoje e o dantes
 
… uma pessoa chata e infeliz
 
… uma pessoa sem casa e sem autonomia
 
…. Uma pessoa mesquinha e pequenina
 
… uma pessoa auto centrada e mais pobre intelectual e espiritualmente
 
… uma pessoa oprimida e com pouco amor próprio
 
… no fundo uma pessoa muito infeliz
 
E porque os desejos que tenho são sempre os mesmos, dependem de mim e de um poucochinho de sorte não preciso de inventar outros, só de os renovar e lembrar a mim própria que sou eu que os farei acontecer.
 
Para 2009 quero
 
Ter momentos felizes com as pessoas de quem gosto;
 
Continuar a ter emprego que é um bem escasso e eu sei disso muito bem;
 
Por cada coisa que tenha de fazer por obrigação, fazer duas coisas de que gosto realmente para equilibrar a coisa;
 
Ver muitooos filmes e exposições
 
Ler muitooos livros
 
Viajar muitooo (dentro do meu possível que se meter um avião já é coisa ganha)
 
E a única que é aleatória e essa sim é de desejar
 
Ter uma saúde de ferro sem enferrujar muito!!!
 
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publicado por amulherdetrintaanos às 19:29
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