. Bom dia
. Finalmente, toda uma cole...
. O que é a amizade depois ...
. Da epifania televisiva de...
. Hoje constatei que é dia ...
. Discurso directo I e II (...
. Os dias em que todos nós ...
. outros lugares
. grilinha
. leelala
. oh joy
. the busy woman and the stripy cat
. Blogs de outras mães (e pais)
. mãe 360
. caco mãe
A questão da decoração do quarto do bébé aos 30 meses é quase uma falácia: por mais que se tente manter um bucólico e arrumadinho décor, eis que entra de rompante uma baby-furacão e o clean mode é rapidamente subvertido. A verdade é que acho isso bastante saudável e também não me chateia nada andar invariavelmente a colocar a bonecada e seus adereços no lugar.
Na parte da arrumação no resto da casa tento ser relativamente rigorosa e apologista da máxima "desarruma-se, ´bora lá arrumar, yupi!". Claro que isto nem sempre é cumprido e também não faz mal. Apesar de cada vez mais brincar sozinha, vem sempre munida de brinquedos para perto de nós, casa de banho incluída. Mesmo assim acabei por transformar a parte do seu quarto que anteriormente estava ocupada pela cama-estúdio numa pequenina zona de brincadeira, com o seu tapete de actividades que dá um colorido ao quarto que eu aprecio bastante e onde estão o comboio da Lego, os Megablocks e os "meninos" carecas-bebés, invariavelmente espalhados pelo chão.
Aí coloquei também uma mesa do Ikea que, antes estava na nossa sala, e é óptima para desenhar, fazer plasticina, pintar com aguarelas, tem muito espaço e foi barata, daí servir livremente para a criatividade infantil sem grandes mágoas. Os muitos livros, oferecidos, escolhidos e comprados ou aqueles trazidos da biblioteca ocupam grande parte do seu armário principal do quarto (que havia pintado de cor de rosa em Setembro passado) e estão colocados ao nível das suas mãozinhas para que possa escolher o que lhe apetece folhear. Há outra mesa de apoio (também pintada em rosa) que serve para instrumentos musicais ou para outros brinquedos. Depois existem dois caixotes de arrumação: um deles, branco com uma grande girafa pintada, com dezenas de peluches, bolas e bolinhas e gadgets de plástico. O outro tem tudo isso e mais uma pequena colecção de bonecos de borracha (para a qual contribuí com o meu urso Micha e que à conta da minha filha já tem uma orelha roída).
Agora, isto é uma avalanche de acumulação, claro. Está sempre a crescer e uma pessoa não pode estar sempre a colocar caixotes de arrumação no quarto da criança senão qualquer dia parece uma despensa. A minha pergunta é a seguinte: - Faz-se um rastreio de peluches e doam-se alguns? Será que ela vai ter saudades?
Outra pergunta ainda: - Quando é que é tempo de arrumar coisas com as quais ela não brinca ou brinca pouco (há duas cozinhas neste quarto, livro-me de uma sem traumas?)
Ainda permaneço com o berço, pelo menos até aos 3 anos de idade, daí e dada a sua localização, não poder usar as duas ripas-prateleira do Ikea para outro fim senão para mais peluches, pois ela facilmente consegue alcançá-las. E é isto. Creio que este Verão farei uma primeira ronda de destralhamento a alguns brinquedos. Para começar, a beringela-cavalo já foi dada a um novo bebé:)
A propósito de um post da Marta do blog life inc., senti-me acompanhada na minha demanda por mais arrumação, sem acumulação de tralha e com bom ar para os espaços onde a minha pequena sereia deambula e assenta arraiais para as suas brincadeiras. Ela pedia conselhos, mas infelizmente, eu só tenho experimentações para partilhar. Assim, lembrei-me de o fazer aqui, pode ser que surjam mais ideias:)
A decoração do quarto da minha filha começou de forma intelectualizada, foi sendo pensada e adquiridas algumas coisas lentamente, mas após um parto prematuro inesperado ficou inacabada. Havia a ideia de colocar algum papel de parede ou pintar listas com cor numa parede, mas as circunstâncias fizeram a ideia esmorecer. A primeira grande intervenção no quarto da bebé fi-la no fim do verão passado e mesmo assim mantive as paredes imaculadamente brancas, pinceladas, contudo, por uma profusão considerável de borboletas de tecido a imitar uma barra na parede.
Havia a minha cama single que veio da casa da minha mãe, outrora integrada num estúdio, a qual usámos como cama de apoio até há cerca de 2 meses. Servia de muda fraldas, espaço de brincadeiras e de vestir. Ela foi retirada porque as exigências de espaço para brincadeiras já eram superiores e, com o início do desfralde, deixávamos de precisar de muda-fraldas. O espaço para as brincadeiras tornou-se uma necessidade não só pela crescente mobilidade de um bebé cada vez mais mexido, mas também porque, a partir dos 12 meses, os brinquedos se avolumam a olhos vistos, ocupando muitooo espaço. O último Natal que coincidiu com a comemoração dos seus 2 anos revelou-se numa inédita (até então) catadupa de prendas e na falta de espaço para tantos brinquedos, brincadeira e sua arrumação.
Foto instagramica cheia de orgulho pink após conversão da decoração em Setembro (ainda com a cama single munida do muda fraldas)!
Continua...
O último do Helder Macedo. Quem não conhece, não sabe o que perde!
Não me perdi pela Feira do Livro, nem tampouco (adoro esta palavra) por Lisboa. Fiquei sem carro, mas já estou quase a ter outro, melhor e mais novo que nos há-de levar por essas estradas europeias adentro daqui a um mês, leves que nem umas penas e confortáveis como merecemos. Sendo que "há males que vêm por bem", prescindiria dos males de me cruzar, literalmente, na estrada com pessoas desprezíveis, verdadeiramente meliantes, que conduzem sem terem carta e, não sabendo conduzir, colocam os outros (e mais grave, os filhos dos outros) em risco. Passei à frente porque ficar a remoer o que de mau nos acontece não traz bem ao mundo.
Sobre o pilu-pilu, é pena que a tradução do espanhol tenha optado por manter o nome ornitológico do pássaro- curado- que eu nunca vi. Podia ser um pardal, não?
Assim, recomenda-se verniz vermelho para fazer pendant com novo carro, os novos livros adquiridos e os outros trazidos da biblioteca. Depois do arrepiantemente terrorífico (mesmo) último livro da Yrsa -islandesa-com apelido impronunciável fui buscar este à biblioteca. Começa logo a "matar". Um hip-hip-hurra para a Islândia.
Verniz vermelho para aquecer o verão e mais passeios por Lisboa. Ainda não tinha desfrutado em condições das novas transformações para os lados do Intendente e gostei mesmo muito. Espaços muito agradáveis privilegiando uma identidade intercultural, gente simpática e obras quase acabadas.
E como apontamento de fim de tarde, não recomendando Gin (será que passou toda a gente a indefectível consumir de Gin?), recomendo a exposição temporária do Museu da Cidade de Lisboa com base no vasto espólio do fotógrafo Artur Pastor doado à Câmara municipal de Lisboa e que aqui apresenta uma pequena parte. E ainda oferecem um conjunto de postais, selecção de fotos que estão dispersas nos vários núcleos da exposição.
Depois, numa destas noites, ainda passei na "Pensão Amor". O conceito é muito giro, o facto de fazerem benfeitorias num prédio que, caso contrário, estaria devoluto, ainda é melhor. Só que as modas pagam-se bem e o muchito de framboesas não é tão espectacular como o preço pode fazer parecer. Ah, e deviam barrar a entrada a ingleses bêbados. Estraga o ambiente e é deveras desagradável.
Quem dera ser pequenina e estar de férias de verão. Longas e com mimos. Aproveita, minha filha!
Logo à noite vou à feira do livro (sem correr atrás de uma bebé desalmada numa maratona desenfreada, cima-abaixo, no parque Eduardo VII) e vou aos santos (expressão tão estranha) preocupando-me apenas a dar de comer a mim própria, a pôr-me só a mim a fazer chichi e outras coisas triviais assim. Sem bebé. Eu confesso. Sou uma mãe que sofre de saudades por antecipação, pela hora do apartamento (de apartar) e pela conjectura hipotética da ausência. Sem bebé?! WTF?! OMG!
Para além da Trafaria
Minha mãe, haverá mundo
para além da Trafaria?
Não sei, meu filho. Não sei.
Tudo aquilo que sabia
já no meu sangue te dei.
Que serras são estas, mãe,
que não nos deixam ver nada?
São rugas que a Terra tem.
Não maces a tua mãe.
Deixa-me estar descansada.
Ó mãe, que rio é aquele?
Onde nasce e onde morre?
Ó filho, é Deus que o impele.
Entretém-te a olhar para ele.
É um rio. Tem água. Corre.
Quando eu for crescido, mãe,
quero saber e entender.
Ó filho, o supremo bem
é cada qual, com o que tem,
resignar-se e agradecer.
Deus faz tudo pelo melhor.
Não se engana nem se esquece.
De todo o mal, o maior,
seria sempre pior
se Deus assim o quisesse.
Ninguém foge ao seu destino.
Está tudo determinado.
Não penses com desatino.
Dorme, dorme, meu menino,
Um soninho descansado.
António Gedeão, in Poemas da Gaveta: Poesias Completas- 1956-67
Fashion adviser: fotografia não editável e intragável se forem fashion victims. Chamo-lhe "outfit à la kusturika". Foi ela quem o escolheu: em cima de um belo fato de treino, um pijma de verão da minie. Atenção tudo em torno de pantone roxinho, rosinha e fuschia. Atenção aos ténis hello kitty, só mesmo para ser criativa.
Isto é o máximo até onde vou em termos de exposição.
Porque, apesar de ser ecologicamente responsável, vários álbuns de fotografias com legendas personalizadas são muito mais engraçados, na minha perspectiva, do que um babyblog. Ao que se acresce o facto de, no fundo, as coisas relacionadas com a minha filha serem dela, não minhas, apesar de eu achar o máximo e não esquecer o dia em que naquele bacio se defecou uma bonita pôia, pela primeira vez fora da fralda. Isso e toda a historiografia do seu crescimento pertencerem a ela e à família e, lamento, desconhecidos, sabem-se lá vindos de onde e para onde, não serem metidos nem achados na sua vida.
Segundo porque se eu tivesse nascido e crescido com a internet não ia achar mesmo piada nenhuma a que fotografias da minha pessoa em vários estádios da minha existência pululassem virtualmente por aí para sempre, que me reconhecessem, que os meus amigos partilhassem parte da minha vida, qual Ed tv e que eu pudesse ser reconhecida por responsabilidade de outros que não eu, a mais interessada, mas que fui sendo escarrapachada na internet anos a fio sem me perguntarem nada. Não é a minha atitude parental.
Não acho bem nestes tempos de hiper-exposição em que a imagem vale mesmo mais que muitas palavras, em que ela domina e dela emanam juízos de valor, em que a imagem se sobrepõe a princípios, a valores e, sobretudo, em que o livre arbítrio é cerceado pela constante rapidez de imagéticas sobre tantos e tão variados assuntos, onde se cerceiam os tempos naturais da assimilação e formação de cadeias entre signos, significantes e significados, não acho bem, dizia eu, que se atirem seres cognitivamente em desenvolvimento e incontinentes (aka bebés e demais crianças) para um universo paralelo desregrado e acessível onde essa imagem pode servir interesses muito beatíficos, mas outros completamente doentios. Por causa destes últimos, diluídos entre muitas pessoas normais e idóneas, estou certa, é que não há fotografias para ninguém aqui neste blog e, por outro lado, por respeito à privacidade da minha descendente é que não há grandes descrições das suas conquistas naturais de pessoa em desenvolvimento.
Espero ter respondido à questão que, regularmente, me fazem, apesar da resposta ser sempre a mesma, mas com a diferença de que, a partir de agora, posso remetê-los para este link.
Olha, estive quatro semanas em casa. Doente.
Já passou.
Hoje foi o primeiro dia de trabalho. Ainda custa mais do que após as férias apenas porque estive, literalmente, sem me mexer durante quase um mês em que não sai de casa sem ser para ir fazer exames e visitar doutor ao Hospital.
Estou muito contente. A mima rotina faz-me bem e a liberdade também.
Nota: estou há 25 dias sem fumar!
Outra nota: bebé vai ao bacio como gente grande. Há oito dias a esta parte, apenas dois deslizes urinários. Valentona! E é, mais ou menos, assim. Com muito entusiasmo à mistura!
E o que é que se faz quando nâo se tem nada para fazer? Ter, ter, até teria, mas a prescrição médica de não apanhar correntes de ar e descansar mesmo muito não deixa motivação para grandes planos. Estar em casa a aboborar não é, de todo, a coisa mais feliz do mundo. Assim enquanto espero resultado do último exame que me há-de dar libertação caseira tenho dormido em quantidades generosas como não o fazia há mais de dois anos. Mamãe e homem de trinta anos são chefs gourmets. Filhinha dita não vai à rua, mamã doente.
Assim, oscilo entre tentativas de leitura
Folhear de revistas coloridas
Planos de bricolage desmotivadores
Pentear cabelos com o meu alisador pouco utilizado
Comer
Comer
Nos intervalos, comer
Pouca tv
Muita net
Arrumações pequenas
E este sábado culminava um trabalho de 5 meses de intensa pesquisa, trabalho de campo e recolha oral inédita e eu não vou estar lá para ver os olhares das pessoas que viveram aquilo e a quem só passados 50 anos lhes pediram para contar como foi. Pedimos, eles contaram, relembraram, buscaram documentos e fotos e coisas e outros nomes e nomes que já são óbito, mas que para eles estão tão vivos como há meio século atrás. E mesmo que não gostem da forma irão sempre comover-se pelo conteúdo que são eles pelos olhos dos outros, mas são eles. No seu discurso, através das suas memórias, são eles a lembrar outros, sem o desconhecimento e a incerteza de então, sem o medo, mas com a mesma esperança de quem reconhece a liberdade porque nasceu e cresceu privado dela e o arquétipo mais parecido era um ideal. Uma geração inteira de pessoas livres a quem privaram da liberdade anos a fio. E eu vou estar em casa. A recuperar.
Eu até andava toda feliz. Com o trabalho, a família, a minha super picolina. Entretanto fiquei doente, depois foi-me diagnosticado um enfisema, a seguir fui a um pneumologista, depois já é só uma bronco-pneumonia, depois a minha filha fica com varicela, a seguir ficamos ambas em casa, eu de máscara e sem lhe puder fazer grande coisa, bébé carenfe e a querer colo de mamã. Valeu-me a minha querida e imparável mamã que, pela persistência, conseguiu antecipar o resultado da tac pulmonar e encontrar médico, e do esposo em assistência à família.
Realmente para ficarmos mal é só preciso estar bem.
Um foi para comer amêndoas.
Outro será para manifestar e limpar.
O terceiro, para passear.
A limpeza primaveril não me sai dos planos. Deve ser porque ando acometida de uma espécie de rinite alérgica e mergulhada em expectoração (blhac!) desde há duas semanas, mas a casa anda a pedir uma bela limpeza primaveril, principalmente aos recantos negligenciados por muito tempo. Atenção que a minha casa é muito limpinha. Andava eu em avaliação metodológica da dita limpeza e eis-me navegando por dois blogs muito úteis, sim senhor. Este e este. Há pessoas que levam a limpeza a estádios de perfeição nunca antes explorados, mas que dá ideias, dá.
Assim, apresento o meu plano de limpeza para a dupla estação primavera/verão 2014 versão dois dias (que vão ser dias úteis desta semana e mais que dois de modo a rentabilizar descanso e passeio porque, entretanto, já se trabalhou o dia todo fora de casa):
1º Dia (2ª e 3ª feira): Sala, escritório e quartos
2º dia (4º, 5ª feira e sábado): Cozinha, casas de banho e despensa
Wish us luke ;)
Este é um mundo de pormenores no qual nunca pensei. Contudo, após meses de humidade até apetece partir para o disparate completo e fazer uma limpeza primaveril à casa. Ando em prospecção de metodologia para aprimorar o binómio pouco tempo+ alta eficácia. Partilharei as competências adquiridas, mas por agora umas fotografias inspiradoras que, ao invés de estar a trabalhar, apetecia-me era ir fazer ovos da Páscoa para casa.
Com muita vontade de dar uma volta à casa. Limpezas, esvaziamento de despensas. E cor. Muita cor!
Estão a ver este bonito panelão de barro?
Serve para preparar tangines várias. Literalmente levei com ele nas costas durante mais de mil quilómetros. Vinha encavalitado na mota, logo atrás de mim, na nossa última viagem a Marrocos. Tem tido muito uso desde então. Quase sempre cozinhando kefta. Delicioso!