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Constato a minha resiliência física ao modo pós verão/férias e ao facto de chegar a domingo à noite tão cansada como na sexta-feira. Iupi!
Deviam inventar uns suplementos vitamínicos para pais recentes.
O cansaço não deriva tanto do tempo partilhado com a nossa pequena pimpolha ramboieira. Responsabilizo os afazeres de contexto, perda de tempo e extremamente necessários ao mesmo tempo, e que, nem a quatro mãos, lá vão.
Eu não sou pessoa doméstica. Nunca fui, nem nunca quis ser, dificilmente serei. Por outro lado, sou muito organizadinha e limpinha. Sonhava ter uma empregada doméstica que nos libertava do supérfluo, deixando a casa cheirosa logo à sexta-feira, mas constatei também na passada sexta-feira que, como quem manda na minha casa é o governo, enquanto trabalharmos não havemos de ter dinheiro para essa mega contratação. Nem para muito, pensando bem.
Ora, casa que não cheira bem, para mim, está a um passinho de cheirar mal. O homem de trinta anos também é assim, mas mais picuinhas. O longo estágio matrimonial acordou, algumas vezes tacitamente, outras por rotina, outras ainda à base do grito, que, das duas pessoas, aquela que cozinha muito, não limpa muito, aquela que limpa muito, não cozinha muito.
E chegaram as sopas. De peixinho e de carninha, com muito vegetal para bebé crescer saudável, coisa mais linda, que as engole como ninguém!
Ora as sopas são metáfora do desarranjo doméstico, a que se acresce a limpeza de cocós, a lavagem e estendal de adereços liliputinianos, limpeza de quarto de bebé, muito biberão, transporte de carrinho com cadeirinha acoplada: põe no carro, tira do carro, quiçá sobe até ao 4º andar e depois tem de descer, saídas de casa com malões a tiracolo, idas à praia com resultados próximos do esgotamento físico e cerebral, e outras coisas quotidianas muito graciosas, mas cansativas.
De modo que ontem, nessa bela noite de domingo, cálida e estival, por volta da meia-noite eu estava a estender roupa e o homem de trinta anos a arrumar a cozinha. Depois, eu fui acomodar farpelas minúsculas numa gaveta estreita quase às escuras e ele foi fazer biberão, dar biberão, lavar biberão. Cruzámo-nos na parte romântica do arroto. Deitámo-nos ao mesmo tempo e nunca mais o vi. Apaguei.
Como somos muito democráticos devemos ter apagado ao mesmo tempo. Lá para as 4 da manhã houve choradeira, fiz-me de surda e ouvi-o levantar-se.
Como somos muito democráticos, se hoje houver choradeira, já sei que será ele a fazer-se de surdo e eu a levantar-me.
Assim, voltando às vitaminas para pais recentes. Onde é que elas estão?