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Entre leituras, escritos, multimédia, papéis, jornais (mas jornais mesmo bons), jornais daqueles de há século e meio atrás, entrevistas, andar com papelada ás costas, mais o calor e um rio para passar, mais os turistas de Lisboa com panamás a passar por mim e a sorrirem com ar de empáticos e a levarem com um olho de soslaio, daqueles olhares tão maus que eles quando chegam nos devem classificar de antipáticos comó caraças e só por minha causa, até nem me posso queixar muito.
Fui da Beira ao Algarve e juro que cantei "pelos caminhos di pórtugau, eu vi tanta coisa linda...trolóró".
E como se vê pelo excesso de luz e a abertura da lente e mais essas coisas todas, estava calor no Piodão (por sinal a única terra em 3 Concelhos onde vi a maior concentração de pessoas, deviam ser mais de cinquenta!).
Nos socalcos de Seia, dentro do Museu do pão. Um Museu com uma exposição em que, de quatro, tem um núcleo fechado e os três restantes, se não tivermos menos de 12 anos e nos deixarem desenhar na carcaça espalmada cozida para o ateliê dos pequeninos, não têm muito interesse. O núcleo documental tem tanta informação, mas tanta, que para ler somente as capas das dezenas de ilustrações portuguesas que lá têm expostas, ainda hoje lá estava. Falta-lhe ali qualquer coisa. O pão é um mundo e o mundo não cabe em 3 núcleos. A mais dinâmica, de todas as guias que alguma vez me calharam, era a senhora do núcleo "dos pequeninos": falou connosco, literalmente, como se tivéssemos, 10 anos, só não deixou fazer desenhos na tal carcaça espalmada e terminou, olhando para mim, "um, dois, três, já é dia outra vez". Ou eu sou uma pessoa muito fofinha que desperta estes laivos de infantilização ou talvez se devesse repensar a abordagem a público um bocadinho menos pueril.
Do oito para a explosão dos oito milhões de turistas, daqueles que ao beberem palitam o dente com o indicador e parecem todos muito hipertensos, mas não, é apenas uma insolação natural porque têm pouca melanina e moram mais para o norte europeu. Eu fui ao sul. E nas traseiras do sul, as pessoas que ainda se dedicam à pesca (mais umas oito, talvez), secam lampreia e este peixe ao sol, com sal. Um senhor pescador explicou-me que, por estes dias, às duas da tarde, basta uma horinha e ´tá pronto. Fiquei com vontade de experimentar na minha varanda do subúrbio (mas tenho medo que o meu gato salte e com a gula ainda acabe estatelado 4 andares abaixo).
Não fosse o sol, que brilha sempre, e o ar quente, que sopra sempre, eu havia prometido a mim que o sul só para cima de Monchique, mas em incumprimento, fui a banhos.
Conclusão do périplo para experimentar aquilo "das férias cá dentro" que o Ministro apelava: vai tu cá- ó ministro- para dentro! Se fores para Norte, não comes depois das 10 da noite porque os poucos restaurantes que não decretaram falência, estão às moscas, mais o comércio e a iluminação pública inexistentes; se fores para sul (que deves ir lá para a quinta do lago, concerteza), pagas o dobro por um mínimo de bacalhau à brás style e quase que colocas protector em ti e na pessoa desconhecida que está na toalha colada a ti). Pronto- ó ministro- já cumpri a minha parte. Agora diz ao teu amigo das finanças que títulos do tesouro só ele me der o dinheiro porque estive ontem a fazer contas e é um negócio daqueles mesmo toscos. Ganhar 400 euros em 10 anos, se comprasse 1000 euros dos vossos títulos, é um negócio bom para quem? 400 euros?! Em 10 anos?!