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Sou pessoa para nunca deixar de ir votar.
Sou uma pessoa fiel: eu continuo a votar na freguesia vizinha à minha, localidade onde me recenseei pela 1ª vez há (glup) 15 anos! E vou a pé. E hoje está calor, pá. Depois sigo o homem de trinta e três anos para a "escola" dele (que sendo uma pessoa bem mais organizada) está localizada na nossa freguesia.
Quatro quilómetros depois estou derreada.
Foste a pé? Ah, pois fui! A par com a sensação de dever cidadão também tenho aspirações saudáveis: com 33 anos é necessário começar a dar outros movimentos às pernas.
E agora estou a ouvir que um votante morreu em pleno acto cívico: aparentemente votar já não é tão saudável como parecia ser. Ops, o senhor votante enervou-se porque ouve um motim na sua sala de voto?! Em Mondim de Basto?! Furou a "greve" ao voto e foi vítima de uma turba? Este país é estranho e confunde muito as coisas: a liberdade individual é cerceada por uma noção de colectivo bem artificial, não? Impedir as pessoas de votar porque se quer a elevação a Concelho tem uma lógica um pouco distorcida, não? Democraticamente falando, claro está.