. Bom dia
. Finalmente, toda uma cole...
. O que é a amizade depois ...
. Da epifania televisiva de...
. Hoje constatei que é dia ...
. Discurso directo I e II (...
. Os dias em que todos nós ...
. outros lugares
. grilinha
. leelala
. oh joy
. the busy woman and the stripy cat
. Blogs de outras mães (e pais)
. mãe 360
. caco mãe
Porque passaram 35 anos (e uns 4 dias...) que a liberdade nos caiu ao colo e porque desde então não lh esgotámos possibilidades;
Porque a utopia da construção democrática há 35 anos parecia estar ali mesmo à mão;
Porque a democratização de acessos à saúde, à educação, à inclusão, à habitação, ao emprego ainda não foi cumprida;
Porque existiram milhares de pessoas presas, detidas, espancadas que hoje recebem reformas miseráveis quando foram movidas por uma ideia de liberdade colectiva e a colocaram acima do seu interesse individual;
Porque eu nunca percebi como as pessoas que as prenderam, torturaram e, nalgumas vezes, mataram nunca foram julgadas e hoje recebem reformas porque prestaram serviços públicos;
Porque a liberdade de livremente pensar, cantar e falar não tem preço que a pague;
Porque o facto de ter havido 25 de Abril e a guerra colonial ter terminado a seguir não fez da minha mãe viúva antes que, de potencial projecto, eu pudesse passar a coisa prática,
Porque como cantava o José Mário Branco, nós todos viemos de longe, de muito longe e passámos muito para aqui chegar.
Estas, entre outras e mais filosóficas, as minhas razões para não esquecermos o dia para que, os 48 atrás dele irremediavelmente associados, não se voltem a repetir.
Com atraso, mas com muita convicção!