A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Boa noite,Como a entendo.Uma coisa é fazer o "que ...
É tão giro encontrarmos desenhos antigos, retratam...
Compreendo perfeitamente! É tão difícil deixá-los ...
Quinta-feira, 2 de Abril de 2009

Desvio

daqui

Ora tenho andado arredada daqui, pois tenho. Acontece que a vida duma pessoa não é só isto. A vida duma pessoa anda a par e passo com a profissão duma pessoa. Com os lazeres duma pessoa. Com os hobbies duma pessoa. Ou andam todas em simultâneo, já nem sei.
 
Ora eu tenho andado tão intelectualmente espremidinha que já não sobra nada. A bem dizer poder-se-ia sempre ir dizendo qualquer coisa por aqui, mas eu não sou capaz. Quando não tenho nada para dizer, abstenho-me.
 
Não me apetece dissertar sobre o estado das coisas, nem dizer que me apetecia estar em Londres a gritar contra o norte e a favor do sul do mundo, não me apetece falar da Primavera, não me apetece partilhar o que ando a ler, nem a vestir, nem o champô novo que comprei e que me deixa o cabelo oleoso cinco horas depois,…
 
Estou desinspirada (palavra que o inculto corrector do word não reconhece), não confundir com apática.
 
Por isso e oficialmente, este blog vai começar a ter posts actualíssimos, mas bastante desisnpirados, parvos, fúteis e curtos, telegráficos, assim a fazer lembrar o estilo que eu sempre admirei da Marguerite Duras, uma frase que vale por cem parágrafos, só que sem o escol de conteúdo que era apanágio das frases da senhora.
 
Treinando:
 
Ela estava sentada.
 
Olhava-lhe a nuca pigmentada e contava as manchas acobreadas extensíveis pela superfície insigne. Da cabeça às orelhas, um retalho acolchoado de carne e pele e manchas.
 
A nuca tornou-se rosto e olhou-a.
 
O rosto falante não via a mulher.
 
Falava, mas a voz imitava uma gravação inócua. Centenas de palavras repetidas desde sempre. Era tudo novo, mas o novo era palavra já dita.
 
Cansada. Ouvia. Palavras enfadas, escolhidas, ordenadas. Frases articuladas duma boca mecânica.
 
O rosto fora humano. Agora nem a velhice lhe devolvia a proximidade.
 
A boca falava, mas só a casa pulsava. O rosto estava sozinho numa redoma viva e a mulher estava mais próxima da casa memória do que do rosto falante de palavras dirigidas para lá da casa.
tags:
publicado por amulherdetrintaanos às 22:05
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16 comentários:
De Big Ass a 3 de Abril de 2009 às 11:21
Bem vinda ao clube dos desinspirados! Há que aprender a viver com isso. Há dias melhores e dias piores.... tudo depende do nivel de substancias alucinogéneas no sangue. Bom fim de semana.
De amulherdetrintaanos a 5 de Abril de 2009 às 01:17
ou do clima, ou do céu nublado, ou das pessoas, ou... ou...
De Sofia a 3 de Abril de 2009 às 11:45
ês sempre bem vinda à blogosfera...
deixa estar que a falta de inspiração é geral...

kiss kiss
De amulherdetrintaanos a 5 de Abril de 2009 às 01:18
É sempre reconfortante saber bj
De jts a 3 de Abril de 2009 às 12:25
Ora, ora, ora, minha querida amiga...não penses que és só tu que tens problemas de tempo disponível...
A máquina do tempo é uma coisa medonha que nos preocupa e até por vezes nos confunde.
Mesmo assim e para te acalmar o ego, vou te contar o que disse ao tempo em tempos que já lá vão:

" Tenho saudades do tempo
Em que o tempo
Não era tormento
E o lamento
Tinha um tratamento
Quase sem tempo!
Sou desse tempo
Em que o passado, e
Futuro não tinham tempo.
Por mais que uma vez
Perguntei ao tempo
Quanto tempo tinha o tempo,
E o tempo respondeu-me
Que tanto tempo tinha o tempo
Como o tempo, tempo tinha.
As minhas recordações de tempo
São sa do tempo do meu tempo
E não há tempo que as apague...
Recordo pois aqui, o tempo
Que perdi, no tempo
Da minha mocidade.

Teixeira da Silva
De amulherdetrintaanos a 5 de Abril de 2009 às 01:21
Mas o teu tempo continua a ser este tempo porque é o tempo em que vives e o tempo em que partilhas as tuas palavras é teu porque estás aqui. Gostei e percebi a ideia
De Fátima Bento a 3 de Abril de 2009 às 13:32
Bom se as palavras desinspiradas são da Margueritte... agora se são tuas, bendita desinspiração!

Eu quando estou desinspirada, vou ao you tube e passo qualquer coisa que goste para um post.

Agora alia desinspiração a falta de tempo e algum stress, que no meu trabalho desde ontem, 'tou com vontade de bater com a porta - e quando eu fico assim, é só uma questão de tempo... - e sai uma coisa como a que vou postar a seguir...

B'jinhos e bom fim de semana,

Fátima
De amulherdetrintaanos a 5 de Abril de 2009 às 01:23
Eu quando estou desinspirada pinto as unhas! As palavras são minhas, mas a inspração fui roubá-la à Marguerite. Bom fim de semana também (se calhar nas tuas folgas!). Um beijo grande e... merci!
De sonjita a 3 de Abril de 2009 às 14:13
Cada vez mais chego à conclusão que o mal é geral... gostei da tua descrição inicial... a vida de uma pessoa não é só isto, mas também não é só trabalhar que é o que me tem acontecido a mim nos últimos tempos. Além de todo o trabalho e stress, também passo por um tempo de "desinspiração"... mas nem sempre o nosso cérebro tem que andar a par e passo com a nossa vontade, certo?!!!

Já me redemi... quando a inspiração voltar eu vou lá mostrá-la... até lá fico-me pelos posts reduzidos e e pouco ricos.

BJoka
De amulherdetrintaanos a 5 de Abril de 2009 às 01:26
Que bom receber um comentário teu (já estava com saudades...). É mesmo isso: com horários malaicos e refeições trocadas sobra energia, mas um bocadinho "ao lado". E vivam os posts curtos! Bejinhos
De sonjita a 7 de Abril de 2009 às 10:38
Ehh, tenho andado ausente, até nos comments... mas tenho passado por cá

Beijão
De Tino a 3 de Abril de 2009 às 14:49
Salve!

Gostei!

Aproveito para deixar o seguinte:

Texto maravilhoso de Clarice Lispector

Leiam de cima para baixo e depois, de baixo para cima.


Não te amo mais.

Estarei mentindo, dizendo que

Ainda te quero como sempre quis.

Tenho certeza que

Nada foi em vão.

Sinto dentro de mim que

Você não significa nada.

Não poderia dizer jamais que

Alimento um grande amor.

Sinto cada vez mais que

Já te esqueci!

E jamais usarei a frase

EU TE AMO!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade:

É tarde demais...



(Clarisse Lispector – Escritora brasileira)



=================================================================



Wonderful work!

Read from top to bottom and then, from bottom to upward.

That is a great literary competence!



I don't love you more.

I will be lying, saying that

I still want you as always I wanted.

I am sure that

Nothing was in vain.

I feel inside of me that

You don't mean anything.

I could not never say that

I feed a great love.

I feel more and more that

I already forgot you!

And I never will use the sentence

I LOVE YOU!

Sorry, but I have to say the truth:

It is too late...



(Clarisse Lispector - Brazilian writer)
Postado por Cesar Carvalho (Kzar) às 22:23 0 comentários
De amulherdetrintaanos a 5 de Abril de 2009 às 01:29
Curioso, realmente. Será que a Clarisse estava também desinspirada quando o escreveu? Será que foi de repente, num laivo de inspração? Será que ficou toda a noite a reescrever para que a dupla via de leitura! Fascinante! Agradeço e sublinho aqui que a versão bilingue só vem adicionar brilho e erdudição ao meu humilde estaminé!
De clara a 5 de Abril de 2009 às 21:39
Hum! Será uma epidemia de desinspiração? É que também já me atingiu... Se calhar é mesmo falta de férias...

Beijinhos e boa semana!
De amulherdetrintaanos a 5 de Abril de 2009 às 22:45
Semana curta esta, não... :) pode ser que nos inspire de novo! Beijos
De Maíra Bezzi a 13 de Abril de 2009 às 01:42
Eu queria te dizer algo sobre essa desinspiração, mas acho que meu neném acabou de acordar... Só penso que há sempre algo dentro da gente que faz com que a gente consiga resgatar aquilo, aquela pequena coisa da qual somo realmente feitas, aquela alma selvagem feminina... algo assim...
um abraço do outro lado do oceano!

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