E quando os nossos interlocutores momentâneos, devido a uma conjuntura laboral irreversível, se revelam habitantes de uma outra dimensão dissimulada na mesma realidade só para nos enganar?
Da assertividade de assunto passa-se, sem nos apercebermos, para matérias tão esotéricas que acabamos a ouvir uma toada indistinta e, enquanto tentamos recolocarmo-nos no assunto alheio, já outro passou para discussão principal do monólogo e esse, meus caros, pode durar, diz quem já foi vítima, até duas horas.
E depois?
Depois eu considero estes seres amplamente ego centrados e irritantes e não tenho paciência.
Fim da conversa.
Com esta colega, em particular, aprendi o poder e a eficácia de que se reveste a brutalidade da entoação verbal:
“Pois, eu não tenho nada a ver com isso e preciso de continuar a trabalhar. OK?!!!”
E sem sentimentos de culpa que a mulher leva-me da exaustão psicológica à mais profunda exasperação impaciente.
Irra!
Este post poderia ser resumido da seguinte forma:
Há pessoas chatas, mas tão chatas, daquelas mesmas chatas (tipo o sketch do “Jaquim Car” dos Gatos Fedorentos) que toda a gente foge delas e eu trabalho com uma.
[e depois encontrei mais 3 cabelos brancos espetados na minha franja... não um, não dois... três!!!- causa-efeito, só pode!]