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Ora para uma ilha, sem outro entretém, eu poderia levar os tais três livros. Ao invés de levar leituras em stand-by, seria uma boa oportunidade para reler, com muita calma, os livros lidos há muito tempo, mas que nunca me saíram da memória. Aqueles cuja história já está difusa, mas que permanecem lá, a ditar excertos e exemplos que se me afloram à cabeça em determinadas situações. Depois, como só podia levar três, aproveitava para saborear a poesia do O `Neill. Podia ser outro, mas o O´Neill ainda tem muito para me dar.
tem lugar cativo nesse top desde os meus 11 anos de idade e continua a existir na mesma gelataria onde, munida com uma nota de cinquenta escudos, à tarde, depois do lanche, chegando pela sombra de um verão com cheiro a mar e banhistas, me acercava da antiga bancada e dizia para o senhor, que já lá não está, da cabeça calva tapada com uma mão cheia de cabelos lambidos que vinha, em linha reta, qual franja enviuzada, do outro lado da sua cabeça:
-"Era um cone médio (hoje é de duas bolas que se pede) com sabor a pistáchio e a baunilha, se fáchavor!".
Tem preceito: tem de ser naquela gelataria e primeiro é o pistachio a oscular o cone e, no seu topo, qual amazona, a baunilha:)
Ou de como pode ser verdade aquela máxima de que, no fundo, da nossa rede de relações sociais, pequena e local, podemos partir para estabelecermos contactos com quase metade do mundo, aproximando o mundo a partir de um ponto que somos nós pois há sempre um primo de um amigo que na parte mais remota da China encontra a tia avó de uma amiga do marido desse primo de um amigo que nos conhece...
Moro numa cidade com mais de 160 kil habitantes. Pronto. Comprei o carro num stand duma localidade, algo remota, da área desse concelho. A preencher os papeis burocráticos no stand diz-me o vendedor a olhar para o meu recibo de ordenado: "- Olhe, trabalha aqui?! Conhece o Ambrósio Augusto?". Respondo eu, "- Ó senhor, sei lá eu, aquilo é muito grande e não nos conhecemos a todos.". "-Ah, que pena, é um sujeito simpático, vendi-lhe ontem um carro. Aqui no recibo de ordenado dele, o Departamento é o mesmo que o seu, por isso pensei que se conhecessem.". "Ah, não devemos, o Departamento tem dezenas de funcionários e não estamos todos no mesmo local." E ele não desiste: "pronto, está bem, só que no local de trabalho diz o mesmo que no seu..."
Era mesmo o meu colega mais introspectivo. Aquele sobre quem ninguém sabe nada. O que não conta nada.
No outro dia de manhã, no corredor dos gabinetes, o que é que eu fiz?
"Oláaa, Ambrósio! Então compraste um carro novo porque te vais casar?"
Eu que não cozinho muito em casa, fazendo, entre outras actividades equivalentemente importantes, uma azáfama de coisas relacionadas com a higiéne íntima e pública de todo o agregado familiar (vulgo, tratar da roupa), vi-me ontem a braços com o chef (de cuisine) aqui de casa cansado de ponderar refeições. Vai daí, sem ter lanchado nada em condições assolou-me a ideia (e isto com as ideias culinárias de que sou acometida há um sério e directo estabelecimento relacional entre cérebro e estômago) de uma simples (tal a vontade de ser um masterchef) sandocha com tudo aquilo que eu, cheia de fome e inércia, conseguisse tragar.
Saíram duas bruchettas. Ambas almofadadas com azeite e alho moído ao minuto. Uma de queijo mozarella, tomates cherry, tomilho fresco e pimentas; outra de bacon e cogumelos (não frescos, enlatados), assadinhos na frigideira sem mais gordura nenhuma, com queijo parmesão por cima. Lá foram ao forno e estavam deliciosas. Pequena sereia nem quis provar, apenas disse olhando... "papa dos crescidos!". Também diz o mesmo quando comemos pizas, coisa que odeia. Jantou bife com esparguete, sopa de morango beterraba e muitaaaas uvas (sem graínha, vivam os senhores engenheiros genéticos agrónomos).
E para quem diz que bruchetta é só entrada, eu contraponho que, se a fatia de pão for grande, passa a prato principal.
Ai o que adoro andar deslocalizada, com a casa atrás, vulgo carregadinha com agendas, pastas de projectos, correndo equipamentos culturais, órfãos de quem foi de férias.
A minha vingança?
Redecoração do estaminé. Muaahhh!!!
Com um relatório para acabar até 6ª feira achei que esta entrada, edifício de valor patrimonial, agora guardião de memórias e imaterialidades, merecia uma makeover supimpa. Só agora parei. Ai que coisa mais linda! Estou quase a ir ali à rua para chamar público só para que apreciem esta bela recepção!!!
Pois, isso levanta outra questão. O pessoal queixa-se muito de que é tudo caro, paga-se impostos e não há qualquer retorno, mas a verdade é que, falando de cultura, a coisa até não é tão negra assim (eu disse "tão" o que pressupõe que por vários motivos e desinteresses está só cinzenta). Aqui estou eu, sentadinha, à espera de receber de portas abertas (e nova decoração) uma data de visitantes que, gratuitamente, podem assistir a um filme, uma exposição e explorar uma mesa interactiva xpto do melhor que neste mundo dos museus internacionalmente se oferece e o que é que qacontece? Nada. Nothing. Nadinha.
Pois, não está a ocorrer uma partida de futebol cá dentro, não é? Só redecorei a entrada, não estou a oferecer caracóis... É a vida!
O meu avô há-de ter outras que vivendo numa zona balnear sempre o ouvi cobiçar as suecas. Até estou em crer que qualquer estrangeira será para ele sueca,, mulher de perna longa, muito loira e sorridente com mais de 1m e 80 cm, o exótico das suas fantasias de juventude a que se agarra histrionicamente, fugindo sempre.
Eu, contudo, refiro somente a Camilla Lackberg, outra vez, sueca sem requisitos, baixa e morena, mas que me vai acompanhar nas férias:)
A questão da decoração do quarto do bébé aos 30 meses é quase uma falácia: por mais que se tente manter um bucólico e arrumadinho décor, eis que entra de rompante uma baby-furacão e o clean mode é rapidamente subvertido. A verdade é que acho isso bastante saudável e também não me chateia nada andar invariavelmente a colocar a bonecada e seus adereços no lugar.
Na parte da arrumação no resto da casa tento ser relativamente rigorosa e apologista da máxima "desarruma-se, ´bora lá arrumar, yupi!". Claro que isto nem sempre é cumprido e também não faz mal. Apesar de cada vez mais brincar sozinha, vem sempre munida de brinquedos para perto de nós, casa de banho incluída. Mesmo assim acabei por transformar a parte do seu quarto que anteriormente estava ocupada pela cama-estúdio numa pequenina zona de brincadeira, com o seu tapete de actividades que dá um colorido ao quarto que eu aprecio bastante e onde estão o comboio da Lego, os Megablocks e os "meninos" carecas-bebés, invariavelmente espalhados pelo chão.
Aí coloquei também uma mesa do Ikea que, antes estava na nossa sala, e é óptima para desenhar, fazer plasticina, pintar com aguarelas, tem muito espaço e foi barata, daí servir livremente para a criatividade infantil sem grandes mágoas. Os muitos livros, oferecidos, escolhidos e comprados ou aqueles trazidos da biblioteca ocupam grande parte do seu armário principal do quarto (que havia pintado de cor de rosa em Setembro passado) e estão colocados ao nível das suas mãozinhas para que possa escolher o que lhe apetece folhear. Há outra mesa de apoio (também pintada em rosa) que serve para instrumentos musicais ou para outros brinquedos. Depois existem dois caixotes de arrumação: um deles, branco com uma grande girafa pintada, com dezenas de peluches, bolas e bolinhas e gadgets de plástico. O outro tem tudo isso e mais uma pequena colecção de bonecos de borracha (para a qual contribuí com o meu urso Micha e que à conta da minha filha já tem uma orelha roída).
Agora, isto é uma avalanche de acumulação, claro. Está sempre a crescer e uma pessoa não pode estar sempre a colocar caixotes de arrumação no quarto da criança senão qualquer dia parece uma despensa. A minha pergunta é a seguinte: - Faz-se um rastreio de peluches e doam-se alguns? Será que ela vai ter saudades?
Outra pergunta ainda: - Quando é que é tempo de arrumar coisas com as quais ela não brinca ou brinca pouco (há duas cozinhas neste quarto, livro-me de uma sem traumas?)
Ainda permaneço com o berço, pelo menos até aos 3 anos de idade, daí e dada a sua localização, não poder usar as duas ripas-prateleira do Ikea para outro fim senão para mais peluches, pois ela facilmente consegue alcançá-las. E é isto. Creio que este Verão farei uma primeira ronda de destralhamento a alguns brinquedos. Para começar, a beringela-cavalo já foi dada a um novo bebé:)
A propósito de um post da Marta do blog life inc., senti-me acompanhada na minha demanda por mais arrumação, sem acumulação de tralha e com bom ar para os espaços onde a minha pequena sereia deambula e assenta arraiais para as suas brincadeiras. Ela pedia conselhos, mas infelizmente, eu só tenho experimentações para partilhar. Assim, lembrei-me de o fazer aqui, pode ser que surjam mais ideias:)
A decoração do quarto da minha filha começou de forma intelectualizada, foi sendo pensada e adquiridas algumas coisas lentamente, mas após um parto prematuro inesperado ficou inacabada. Havia a ideia de colocar algum papel de parede ou pintar listas com cor numa parede, mas as circunstâncias fizeram a ideia esmorecer. A primeira grande intervenção no quarto da bebé fi-la no fim do verão passado e mesmo assim mantive as paredes imaculadamente brancas, pinceladas, contudo, por uma profusão considerável de borboletas de tecido a imitar uma barra na parede.
Havia a minha cama single que veio da casa da minha mãe, outrora integrada num estúdio, a qual usámos como cama de apoio até há cerca de 2 meses. Servia de muda fraldas, espaço de brincadeiras e de vestir. Ela foi retirada porque as exigências de espaço para brincadeiras já eram superiores e, com o início do desfralde, deixávamos de precisar de muda-fraldas. O espaço para as brincadeiras tornou-se uma necessidade não só pela crescente mobilidade de um bebé cada vez mais mexido, mas também porque, a partir dos 12 meses, os brinquedos se avolumam a olhos vistos, ocupando muitooo espaço. O último Natal que coincidiu com a comemoração dos seus 2 anos revelou-se numa inédita (até então) catadupa de prendas e na falta de espaço para tantos brinquedos, brincadeira e sua arrumação.
Foto instagramica cheia de orgulho pink após conversão da decoração em Setembro (ainda com a cama single munida do muda fraldas)!
Continua...
O último do Helder Macedo. Quem não conhece, não sabe o que perde!
Não me perdi pela Feira do Livro, nem tampouco (adoro esta palavra) por Lisboa. Fiquei sem carro, mas já estou quase a ter outro, melhor e mais novo que nos há-de levar por essas estradas europeias adentro daqui a um mês, leves que nem umas penas e confortáveis como merecemos. Sendo que "há males que vêm por bem", prescindiria dos males de me cruzar, literalmente, na estrada com pessoas desprezíveis, verdadeiramente meliantes, que conduzem sem terem carta e, não sabendo conduzir, colocam os outros (e mais grave, os filhos dos outros) em risco. Passei à frente porque ficar a remoer o que de mau nos acontece não traz bem ao mundo.
Sobre o pilu-pilu, é pena que a tradução do espanhol tenha optado por manter o nome ornitológico do pássaro- curado- que eu nunca vi. Podia ser um pardal, não?
Assim, recomenda-se verniz vermelho para fazer pendant com novo carro, os novos livros adquiridos e os outros trazidos da biblioteca. Depois do arrepiantemente terrorífico (mesmo) último livro da Yrsa -islandesa-com apelido impronunciável fui buscar este à biblioteca. Começa logo a "matar". Um hip-hip-hurra para a Islândia.
Verniz vermelho para aquecer o verão e mais passeios por Lisboa. Ainda não tinha desfrutado em condições das novas transformações para os lados do Intendente e gostei mesmo muito. Espaços muito agradáveis privilegiando uma identidade intercultural, gente simpática e obras quase acabadas.
E como apontamento de fim de tarde, não recomendando Gin (será que passou toda a gente a indefectível consumir de Gin?), recomendo a exposição temporária do Museu da Cidade de Lisboa com base no vasto espólio do fotógrafo Artur Pastor doado à Câmara municipal de Lisboa e que aqui apresenta uma pequena parte. E ainda oferecem um conjunto de postais, selecção de fotos que estão dispersas nos vários núcleos da exposição.
Depois, numa destas noites, ainda passei na "Pensão Amor". O conceito é muito giro, o facto de fazerem benfeitorias num prédio que, caso contrário, estaria devoluto, ainda é melhor. Só que as modas pagam-se bem e o muchito de framboesas não é tão espectacular como o preço pode fazer parecer. Ah, e deviam barrar a entrada a ingleses bêbados. Estraga o ambiente e é deveras desagradável.
Quem dera ser pequenina e estar de férias de verão. Longas e com mimos. Aproveita, minha filha!