Quinta-feira, 24 de Abril de 2014
Eu até andava toda feliz. Com o trabalho, a família, a minha super picolina. Entretanto fiquei doente, depois foi-me diagnosticado um enfisema, a seguir fui a um pneumologista, depois já é só uma bronco-pneumonia, depois a minha filha fica com varicela, a seguir ficamos ambas em casa, eu de máscara e sem lhe puder fazer grande coisa, bébé carenfe e a querer colo de mamã. Valeu-me a minha querida e imparável mamã que, pela persistência, conseguiu antecipar o resultado da tac pulmonar e encontrar médico, e do esposo em assistência à família.
Realmente para ficarmos mal é só preciso estar bem.
Segunda-feira, 21 de Abril de 2014
by Eugen Hartung
Um foi para comer amêndoas.
Outro será para manifestar e limpar.
O terceiro, para passear.
A limpeza primaveril não me sai dos planos. Deve ser porque ando acometida de uma espécie de rinite alérgica e mergulhada em expectoração (blhac!) desde há duas semanas, mas a casa anda a pedir uma bela limpeza primaveril, principalmente aos recantos negligenciados por muito tempo. Atenção que a minha casa é muito limpinha. Andava eu em avaliação metodológica da dita limpeza e eis-me navegando por dois blogs muito úteis, sim senhor. Este e este. Há pessoas que levam a limpeza a estádios de perfeição nunca antes explorados, mas que dá ideias, dá.
Assim, apresento o meu plano de limpeza para a dupla estação primavera/verão 2014 versão dois dias (que vão ser dias úteis desta semana e mais que dois de modo a rentabilizar descanso e passeio porque, entretanto, já se trabalhou o dia todo fora de casa):
1º Dia (2ª e 3ª feira): Sala, escritório e quartos
- Varrer teias de aranha nos cantos e ao longo dos tectos; limpar candeeiros de tecto, tomadas e rodapés e limpar paredes munida de um pano de microfibras molhado com vinagre e água (dizem que dá muito resultado);
- Limpar o pó a todas as superfícies horizontais e verticais: topo, caixilhos e aduelas das portas, rodapés, contadores,…
- Limpar o roupeiro: coisas que se deixou de usar ou gastas para doar ou arrumar para projectos de artesanato ou costura! primazia às roupas de verão e arrumar as de inverno.
- Polvilhar o colchão de cama com bicarbonato de sódio; deixar descansar pelo menos uma hora; em seguida, escovar e aspirar.
- Lavar cortinas e carpetes (não tenho carpetes, o que dá menos trabalho).
- Aspirar, lavar ou polir o chão.
2º dia (4º, 5ª feira e sábado): Cozinha, casas de banho e despensa
- Limpeza profunda na cozinha e casa de banho: esfregar azulejos, limpar móveis (interiores e exteriores).
- Verificar as datas de validade dos produtos no frigorífico, despensa e armário de remédios. Deitar fora o que passou de prazo.
- Lavar as janelas por dentro e por fora. Uma mistura de água e vinagre com um pano de microfibras (vou experimentar).
- Para aquelas roupas brancas que ficaram amarelecidas: imersão em vinagre.
Wish us luke ;)
Sábado, 19 de Abril de 2014
A minha mãe deu- me estas baby amêndoas. Até dá pena comer. E são feitas à mão. Desculpem senhoras artistas confeiteiras e obrigado mãe :)

Segunda-feira, 14 de Abril de 2014
Sexta-feira, 11 de Abril de 2014
Estão a ver este bonito panelão de barro?
Serve para preparar tangines várias. Literalmente levei com ele nas costas durante mais de mil quilómetros. Vinha encavalitado na mota, logo atrás de mim, na nossa última viagem a Marrocos. Tem tido muito uso desde então. Quase sempre cozinhando kefta. Delicioso!
e
Aditarei receita logo que o homem de trinta anos ma dê.
Quarta-feira, 9 de Abril de 2014

Enfim, desfraldar. Tirar a fralda. Ir ao bacio. Ir à sanita. Deixar de ser incontinente.
Eu não tinha pressa. Dizem que até aos 3 anos está-se bem. Já a mais interessada no assunto, a própria, acha que não. É agora. Tem fralda suja? Tira a roupa, despe a fralda, arremete a dita como se fosse enlaçar um touro. Apetece-lhe uma pausa? Redutor na sanita e largos minutos lá sentada. Em vão. Só a descansar. A arejar. Faz isto na creche também. Oscila estes momentos com o bacio. Só para descansar um bocadinho. Momento kitkat.
Começa para a semana os "treinos" propõe a educadora. Equipamento aconselhado: - sandálias tipo crocs; - roupa interior motivadora (já tem um modelito hellokitty).
E depois a conjugação dos tempos de escatologia entre a creche e o lar. E dizem também, o alargamento de novas fronteiras ao grau de paciência parental.
O meu medo é o de não conseguir sair de casa sem um malão de roupa. Estas coisas devem demorar. Anda sem fralda em casa, a mijona? Vai à rua com fralda? Dúvidas, dúvidas, dúvidas...
Aceitam-se sugestões, estratagemas e outros truques para minorar cheiros, desconfortos e convencê-la de que um bacio é muito mais do que um sofá e uma sanita detém um potencial funcional que devia ser rápido e eficaz, mas antevejo, isto é coisa para se arrastar nos próximos largos meses, ou não?
Terça-feira, 8 de Abril de 2014
Segunda-feira, 7 de Abril de 2014
Um dia, num Arquivo cheio de pó, sem esperar, encontrei um livro de estrangeiros.
Dezenas de pessoas que, um dia em 1943, apresentaram pedido de residência em Portugal, através do Governo Civil distrital.
Em plena Segunda Guerra.
Com fotografia, nacionalidade e naturalidade, descrição de idade e profissão no país de origem lá estão tantos austríacos e polacos, alguns alemães, muitos italianos.
Com certeza judeus, a maioria.
E, nesses papéis, estavam famílias inteiras. Pai, mãe, filhos e filhas, algumas avós. As meninas de trancinhas, os meninos de lacinhos no pescoço.
Seriam fugitivos da invasão alemã a tentar chegar à América do Norte? Como é que foi a viagem até aqui? Moraram cá quanto tempo? Que é feito desta gente? Voltaram depois da guerra ou ficaram cá, alguns. Os solteiros e solteiras, talvez enamorados, pudessem ter desposado portugueses casadoiros.
Não consigo olhar estas centenas de fotografias de forma indiferente. Não consigo deixar de imaginar. Tivesse eu mais tempo e partiria na demanda destes rostos do passado que se afirmam, do papel, tão presentes.
Sexta-feira, 4 de Abril de 2014

Os desenhos animados, após a entrada na creche, são uma coisa incontornável por muito que se tente afastar seres pequenos de um ecrã.
Pequena rebento (antes do jantar): mãeee... Noddy... tuvisão... (com olhinhos semicerrados a fazer lembrar o gato do Shrek)
Mãe/eu: Ah, queres ver o Noddy pela enésima vez, são sempre os mesmos episódios... (caramba, já não consigo ouvir a voz do boneco, tão farta que estou daquilo. Até já apelidámos o dito de Nódoa cá em casa)
Pequena rebento (impassível): mãeee... Noddy... tuvisão...
Mãe: Não queres antes ver o Ruca ou a Minnie? (Sim, ao que uma pessoa desce...)
Pequena rebento (eufórica, como se estivesse a responder em coro): Chim!!! Chim!!! Minie, chim!!!
Mãe: Vai de Minie. Olha a Minie, que gira, vai levar um lanche ao Pateta que está doentinho...
[E a Minie caminha, pulando, com o farnel na mão, por uma estrada, cantando com aquela voz esganiçada de Minie. Eis que surge o Bafo de Bode. Aquele bisonte, muito bruto. A mãe contextualiza.]
Mãe: Olha, este é malandro, quer ficar com o lanche do Pateta. É muito guloso.
Pequena rebento (franzindo a testa): mãeee... num gôta. Num quéu mais.
Mãe: Oi, então porquê?
Pequena rebento (desesperada, tapando os olhos): é mau, é mau, é mau...
Mãe: Pronto, está bem. Olha vamos ver aqui no computador uns clássicos da Disney, curtinhos. Olha este dos três porquinhos. Tão lindos. Estão a construir casinhas.
[E os porcos cantam e constroem e cantam e constroem.]
Pequena rebento (fascinada): É o pôco, ronc-ronc!!!
Mãe: Ah, pois é, são três. Olha agora o malandro do lobo a espreitar! Quer destruir a casinha.
Pequena rebento (aterrada): mãeee... não... ôbo mau... num gôta... num qué!
Mãe: Mas o lobo é só malandro, não vai fazer mal...
Pequena rebento (gritando): é mau, é mau, é mau...
Mãe (penalizada): olha, vemos outro. Olha este tão bonito. São umas ovelhinhas e os seus filhinhos. Olha aquela não tem filhinho. Ah, ficou triste. Espera a cegonha já lhe trouxe um leão. Olha que giro, é quase igual ao patinho feio. Estás a gostar?
Pequena rebento (como se estivesse acompanhada pelo coro de Santo Amaro de Oeiras): Chim!!!
Pai (muito pedagógico): Olha, ninguém brinca com ele porque ele é diferente, é um leão. Olha ele tão triste...
Pequena rebento (coisa mais boa): num chora ião... num chora...
Pai (explicativo demais): Olha, já cresceu. Que grande juba! Que grandes patas! O leão agora protege os mé-més todos. É forte. Olha lá vem o lobo... Ele bate no lobo...
Pequena rebento (em pânico): Nãoooo!!! Num qué!!!
[Desata num berreiro. Mãe e pai, em simultâneo a tentar desligar youtube. Bebé continua a gritar]
Mãe: Pronto, pronto, não há mais. Desculpa, não sabíamos que este também tinha lobo... Vamos jantar!
Pequena rebento que pára de chorar repentinamente (com olhinhos semicerrados a fazer lembrar o gato do Shrek): mãeee... paiiii... Noddy... tuvisão...
E pela centésima terceira vez viu-se, nesta casa, "Noddy e a grande troca de duendes".
Sem lobo.
Quinta-feira, 3 de Abril de 2014

Como o valor moeda não é elástico e os cortes, sobretaxas e congelamentos não páram, iniciei/fui obrigada a novas práticas para atenuar a despesa doméstica também há uns tempos:
- Cartão da biblioteca. Não há coisa melhor nesta vida. A variedade é grande, a actualização de títulos é muito regular; têm grande diversidade de coisas para a infância; são espaços excelentes para criar rotinas e proximidade aos novos pequenos leitores. Eu gastava muito dinheiro em livros. Continuo a comprar, mas só em títulos que não encontro nas 3 bibliotecas do meu concelho (élá! Moras em Lisboa? Não!).
- Termo e lancheira/ Almoço e lanche no trabalho. Poupa-se 6-7 euros por dia. Uma bênção.
- Saídas nocturnas reduzidas. Esta foi mesmo uma coincidência, ocorrida pelo nascimento de pequeno rebento se ter dado em plena crise: ter bebé é sair menos. Poupa-se também.
- Carro com 18 anos. Ainda anda. Há dias ficou sem alternador aproveitável. E não, não quero Audi nenhum.
- Grande redução na compra de roupa com mais recurso aos saldos para mim vs grande compra de roupa para ela + alguns devaneios de coisas para ela = fica-se ela por ela.
- Adquirir prendas giras nos saldos, nem que seja para aniversários que ainda demoram meses. Ajuda no mês da festa e sempre se pode comprar mais qualquer coisa gira para completar presente.
Não parece grande coisa, mas poupa-se muito. Pessoalmente não preciso de app´s, dossiês, micas, organizers ou outros gadgets para poupar. Basta-me uma calculadora, um caderno e uma caneta. Não assento tudo aquilo onde gasto dinheiro. Acho que não mereço. O dinheiro também se fez para gastar. Sei que 5 euros por semana mal gastos são 60 euros num ano, mas acho que mereço essa dandince porque não sou, nem quero ser, uma máquina. Ouvi no outro dia que poupar regularmente se torna um hábito. É verdade. De há 5 anos para cá faço-o regularmente e resulta perfeitamente. Há meses impossíveis de fazer, é verdade, mas há outros em que a poupança, por mais pequena que seja, nos torna a vida mais descansada porque se ocorrer algum evento disruptivo na vida financeira da unidade doméstica se tem um fundo monetário de recurso sem se ter de estragar todo o orçamento mensal.
Claro que isto resulta porque somos duas pessoas com remuneração mensal regular. O desemprego faria facilmente ruir este frágil equilíbrio, e, de certeza, exigiria a revisão das prioridades em que se gasta e arruinaria a poupança de modo atroz.
Pronto, reli o que escrevi. Chavões de economia numa pessoa que odeia gráficos e cálculos. Dêem-me o país que eu equilibro as contas duma vez.
Quarta-feira, 2 de Abril de 2014

Recebes a remuneração mensal.
Pagas as contas.
Tiras dinheiro para as despesas fixas desse mês.
Pões de parte 15% do teu vencimento. Se estiveres numa de união de facto/casamento ou outra coisa já entabulaste negociação com a outra parte para fazer o mesmo, adequando à sua realidade salarial.
Colocam mais 2,5% do conjunto na conta poupança de pequeno rebento com vista a uma educação elistista que, daqui a 16 anos, deve custar, entre coisas, o cabelo.
Segue para bingo até ao fim do mês.
É isto, neste país feudal, onde literalmente se esmifram os pobres para os ricos governantes se puderem alambazar em carreiras pós governo e garantir a continuidade familiar da estirpe; onde se degrada, a cada dia, cada vez mais, a assistência a velhos, a crianças, a contribuintes em geral e se criam, todos os dias, novos milhares de indigentes, sem direitos, arredados da esfera do acesso a tudo. E atenção que esses direitos de acesso foram claramente registados na Constituição de 1976 e nem a sua 8ª e última revisão os retirou de lá. Falo do direito, entre outros, ao acesso à saúde, educação, trabalho e cultura. Coisa pouca, portanto.
Adenda: se for assim um mês demoníaco com carro avariado, IMI´s, seguros de carro e afins, a poupança acumulada dá muito jeito. Claro que a sensação de desperdício também é grande, afinal, sempre se podia ir viajar com ela em vez de a "esbanjar" assim. Decisions, decisions...
Terça-feira, 1 de Abril de 2014
daqui
Receber um email de uma revista designada por “Poupe” em que, no assunto, se apregoa “Adquira um i!phone”;
Facebuqueiros e blogueiros em “processo poupança a todo o gás” que, para a organização do aforro, investem valentes euros em menáge de mealheiros e papelaria para planear como poupar,
As corridas. Tudo corre agora. Espero sinceramente que não ocorra nenhum internamento hospitalar à pala da corrida desenfreada para quem nunca correu na vida mais de 50 metros na apanha do autocarro e acabou de se inscrever na mini maratona da sua rua,
Escrever o meu estado civil como o novo acordo ortográfico exige. União de fato?! A sério?