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Sim, também eu, pessoa resistente aos best-sellers deste mundo. O primeiro livro foi um golpe de sorte: a biblioteca não tinha disponível quase nenhum dos livros que me dispunha a trazer. Lembro-me que, à falta do Jo Nesbo (aportuguesei o nome), trouxe o primeiro e o segundo da Camilla. Aquilo apanhou-me quase autobiograficamente, na frente doméstica. Não sou casada com um polícia, não sou sueca e não tropeço em homicídios numa média de 2 por ano, mas tenho uma filha pequena, tal como a Erica, centro dos seus livros. Posto isto acabei a ler os livros todos seguidos e por ordem. Ou há organização ou não. Agora estou no último e tenho aquela sensação de estar a ficar orfã da família da personagem principal. Weird!
A Camilla Lackberg, a crer na sua história, talvez enfabulada por parte da sua esfera de marketing, é um caso estranho de muito sucesso. Fora os sites, facebooks e estrelato cibernético, é uma rapariga aplicada e não sei até onde fará render a estrutura narrativa, o ambiente espacial das suas histórias (limitado a uma cidade e a uma região) e os seus personagens base. Do primeiro ao último temos uma evolução dos personagens principais e secundários deveras interessante (porque enfadonha e rotineira, como é a vida de todos os dias), com as idiossincracias e evoluções comuns a todos nós. O problema é que do primeiro ao último, a fórmula, se é que existe, repete-se e, a cada livro, isso torna previsível (não a chave da história) mas toda a acção narrativa que, do princípio ao fim, é semelhante em todos os livros.
O melhor da Camilla Lackberg, mesmo numa estrutura hermética de desenvolvimento da história, é conseguir criar, aprofundar e surpreender, as nuances psico-sociais dos ambientes e dos personagens secundários que cria em cada novo livro. A tensão psicológica e a densidade humana são realmente o melhor dos seus livros. No fundo, a rapariga sabe contar uma história e domina muito bem as nuances do thriller. E eu gosto mesmo é de bons thrillers.