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O problema é que o povo nunca mais se uniu.
Eu já só pedia uma consciência colectiva e comunitária. Assim, como eles lá na Dinamarca parecem ter...
... a colocar aqui uma receita.
Como jantei sozinha ponderei duas alternativas, pizza no forno ou um banquete muito saudável. Escolhi a segunda. Não sei porquê. Isto daria uma excelente hora de terapia...
Eu vi esta receita num blog, mas não me lembro sinceramente qual. Depois a Angela, do programa de culinária que tem o "bites" a seguir ao nome, fez uma coisa parecida e eu resolvi-me a experimentar a receita há umas semanas e acrescentei algo meu: umas coisas que tinha no frigorífico, essa grande invenção da civilização moderna ocidental.
Designei eu a respectiva receita de gratinado campestre, pois comer uma coisa sem nome, não tem grande piada (Ah, ontem fiz um prato muita fixe!; -Como é que se chama?; -Não sei, mas era bom!).
Então, segue o meu Gratinado Campestre...
Escolhem-se os vegetais do coração que se tenha em casa. Depois de os lavar é melhor ligar o forno e apontar o botão para o lado dos 200 graus centígrados.
Amontoam-se os vegetais, cortadinhos em rodelas num sítio onde não atrapalhem.
Corta-se um alho francês, uma cebola e uns 3 alhos e refoga-se por pouco tempo com azeite. Juntam-se, no fim, as ervas (todas as que tiverem à mão, a hortelã fica excelente). Olhá ilustração...
Mistura-se o refogado com os vegetais, que estavam de lado e a ficar amuados, no recipiente onde irão, num futuro próximo, ser assados. tempera-se com sal, pimenta e umas duas colheres de mostarda (a de Dijon fica mesmo bem, mas eu já não tinha e foi com a normal). Olha outra ilustração...
Se considerarem necessário acrescentem um pouco mais de azeite. Revolve-se a mistura muito bem revolvida. Mais um pouco de queijo parmesão no topo (eu também não tinha e ralei um pouco de um queijinho de nisa na hora- tenho de ir às compras). Coloca-se dentro do forno durante 35/40 m. Lá foram...
Quando estiver pronto, as leguminosas de cima estarão apetecivelmente tostadas, as de baixo, com sorte, não estarão queimadas e nada estará cru. Não se esqueçam que os vegetais têm muita água no seu interior (há muita gente que também acha que têm sentimentos...), por isso não desconfiem que poderão ficar secos ou mal assados e não os afoguem em gordura.
Sai do forno. Podem juntar um queijinho feta ou de cabra ou outro que vos aprouver e servem.
E depois ofereci-me um capuccino. E mais um cigarro que isto de cozinhar, mesmo com vontade, cansa um bocado.
E depois ainda, amontoam-se as quinhentas peças de loiça na segunda maior invenção da civilização ocidental moderna: a máquina de lavar e voilá!
O senhor da lista da revista forbes que instalou a sua colecção no ccb e que, tendo um apurado sentido económico no acordo que fez com o governo, nos permite entrar sem pagar no museu colecção homónimo porque aparentemente o dinheiro que o estado lhe pagou para albergar a colecção e receber outras itinerantes sai dos bolsos de nós, visitantes anónimos e contribuintes, não nos faz assim um favor por aí além. Esta introdução foi só para esclarecer que se pagássemos bilhete o estaríamos a pagar duas vezes. O homem não enriqueceu por ser bonzinho e não o repreendo porque toda a gente precisa de amealhar para comer.
E nós, público anónimo, gostamos mesmo de arte. E da contemporânea. Adoramos ver coisas grandes e que foram ao estrangeiro e que o senhor do telejornal diz que é bom e a moura pinheiro, da câmara que não é escura, também. E a gente lá vai.
Somos tantos que nem se consegue circular. Todos juntos poderíamos muito bem nos juntarmos àquela associação dos ateus e fazer mesmo um barulho audível quando o chefe daquele Estado mais pequenino que o Lichenstein viesse cá alapar o cú no meio do Terreiro do Paço numa estrutura que também nós pagámos, mesmo os ateus, mesmo os católicos que não querem nada com a Igreja e com aquela horda de senhores somatizados no seu porta-voz homofóbico que vomita atrocidades atrás de atrocidades.
Mas, pronto, éramos tantos que entrei no primeiro buraco onde não havia ninguém. Era a exposição retrospectiva dos mega desenhos do Robert Longo. Os trios de imagens resultam muito bem e a seguinte, com escultura, sendo óbvia tem sempre o mérito de ser inteligível.
Men in the cities, a mais mediática.
Depois da exposição dos auto-retratos do mundo de Annemarie Schwarzenbach que vale pelo percurso da figura e pela conjuntura histórica da mesma, começamos a interrogar-nos se a produção do tal programa Cãmara branquinha, não sofrerá de falta de espírito crítico. Eu sei que o pessoal que faz exposições gosta de as ver divulgadas. Um imperativo hoje em dia, mas quem as divulga pode sempre dar um arzinho de crítica. As fotografias valem pelo tempo que já passou, por elas e pelos lugares que já não são aqueles, de resto a técnica e a aparente falta de coerência entre os conjuntos não chega para se designar uma exposição, "de" fotografia. Não gostei. Especialmente do conjunto de Lisboa. As da pesca do bacalhau são péssimas fotografias. Ganhei até uma certa irritação com a senhora: saí da europa irritada com a ascensão do nacional socialismo alemão e vai cair nos braços do António Ferro e do Secretariado da Propaganda Nacional portuguesa. Só vê a urbanidade de Lisboa?! acha-a pitoresca?! Só há pobres no Iraque e mulheres analfabetas no Irão?! Só há crianças descalças e andranjosas no Afeganistão?! É que nos anos 40 do século passado, o que não falatava era crianças com ranho no nariz e descalças em Lisboa.
Depois, irritada com tanta rebeldia ao volant de um cabriolet pelo mundo, lá contornei quinhentas mil crianças e consegui ver, tropeçando nelas, a exposição da Joana Vasconcelos.
Não gosto de tudo, mas gosto da escala de quase tudo. A escala afirma e afina o conceito.
e esta não me lembro o nome, mas é o que apetece fazer geralmente aos cães de loiça, logo... eu tinha o desejo latente em mim, só nunca tive a coragem de o fazer...
Pensava que ainda era maior, mas até não é. Parece uma coisa pouco conceptual, mas tem o mérito de dizer muito com pouco. Os tachos e panelas estão lá, mas a estética também. E o conceito. E a cultura portuguesa, mesmo dos emigrantes. Dificilmente alguém traduz a três dimensões a revoluçãozinha sexual portuguesinha, assim, de modo contido e shinny.
Esta é a minha preferida. É uma instalação, parca em som e parca em panóplias e adereços. É agressiva, insólita e resulta bem enquanto olhar ocidental sobre o que está atrás do título.
Esta faz sorrir e dá vontade dar beijinhos e coisas assim fofinhas,...
Havia ainda uma outra, essa não percebi, era já muito alta cultura, não costura. Era um um corredor com separadores que limitava que voltássemos para trás na exposição e tinha um segurança perto ao qual pedi para o abrir, para me deixar passar. Ele respondeu que era "uma obra de arte" e eu perguntei "onde" e ele respondeu que era o corredor. Não fui só eu, os que vinham atrás também não perceberam, houve até um que saltou o "corredor obra de arte". A massificação da cultura tem destas coisas...
Já vos aconteceu deixarem-se dormir, atrasarem-se 30m para uma reunião, chegar com cara de quem acabou de acordar, o cabelo eriçado (sabe-se lá porquê, só para chatear: uma pessoa penteia e ele levanta e fica assim), uma conjugação de roupa a fazer lembrar o carnaval no Rio (porque era tarde, os olhos não vêem e o cerébro não processa), sem café, sem lugar para estacionar, com ar de desesperada mental. Finalmente chega-se ao sítio. Bate-se à porta da reunião, a reunião diz para entrarmos, entramos de rompante, damos um pontapé numa cadeira, os olhos que já para nós olhavam, esbugalham-se, havíamos pegado num lápis de cor sem bico em vez de uma caneta e após nos sentarmos olham para nós como se fôssemos uns extraterrestres? Epá, eu sei que já tive dias com melhor aspecto. Pensando bem, hoje deve ter sido o dia do ano (e atenção que já estamos em Abril) em que eu estava mesmo em má forma, de dia não, de dia em que não devia ter acordado tarde, não devia era ter saído de casa.
Pronto, basicamente é isto.
Para cromos, como eu, de séries televisivas, um link especial com umas entrevistas só para nerds.
Fogo pá, ainda estou a pensar na morte da Rita...
e há outras mais fraquinhas.
Mas gostei do slogan autárquico serpense (é serpense que se diz?): Serpa, terra forte.
Seja o vinho da freguesia vizinha de Pias, a razão implícita para transformar o calor em vigor, seja a sua interioridade geo-político-estratégica que a deixa à sua sorte, a aboborar ao sol, por entre requeijões, queijos e silos da EPAC, o que é certo é que Serpa nos deixa assim bucólicos e um pouco ébrios, com calor e ritmo próprio, lento da digestão dos espargos com ovos, paredes meias com um certo resquício de uma orientalidade há muito perdida, que se vê, quase se cheira e quase, quase me faz mudar de opinião sobre o facto da azeitona ser um aperitivo de eleição.