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Nunca repararam na coicidência entre títulos de canções que, das duas uma, ou demonstram a pouca apetência portuguesa para a criatividade de títulos ou são demonstrativas do processo inconsciente de osmose por nós sofrido face à catadupa de influências da língua inglesa?
Neste caso, para além do alcóol ser o elo perdido, as parecenças conceptuais entre o "light my fire" dos Doors e o "dá-me lume" do Palma são mais que muitas. Estranho... ambas fazem uma analogia entre calor e frio, aquecimento romântico e definhamento amoroso... a última só não tem o solo do ray manzerek...
E, por falar em elo perdido, confirma-se que o esqueleto da Ida (porque não Ilda, Ilfonsina, Aida ou Idalina? estes australianos...) pode ser arremessado contra aquele movimento esquisito apologista das ideias criacionistas. Darwin 1- Adão e Eva- 0!!!
Isto de uma pessoa trabalhar cansa muito. Se fosse só levantar de manhã e ir, trabalhar e vir, a coisa levava-se bem. O pior é o que lá está pelo meio: o trabalho e, mesmo chato, o trabalho que o trabalho dá. Ah, pois é.
Esta coisa da multidisciplinaridade, da polivalência e do trabalho colectivo e "em rede" era boa, teoricamente. Faz úlceras, quase sempre. Se o pessoal trabalhador fosse todo clonado, se calhar a sintonia era maior. Se calhar não havia tanta discussão, a desproporção de dedicação não era tão visível, a consistência da coisa era mesmo sólida, não se teria de ouvir tanta crítica ao lado, não se dispenderia tanto esforço a contra-argumentar. Enfim, podia não ser muito criativa, mas era decerto mais calminha a vida de uma pessoa trabalhadeira. E era isto que se pedia. Era desnecessário ainda alimentar teorias da conspiração, pessoais e grupais, era dispensável andar pelos cantos alimentando iras mudas que, de quando em vez, irrompem quais tsunamis e logo em cima do mais pobrezinho de todos, do mais calminho, daquele que por ser tão atadinho, no meio da confusão, nós até já achamos que ele é que é o supra sonso culpado por todos os males do mundo só porque não fala, não opina e é simpático.
A vida de um trabalhador não é fácil. A bem dizer não se evoluíu muito desde a escola primária, só se aprimoraram dissimulações e ficámos socialmente mais vesgos porque já levámos com muitas experiências desagradáveis, fora as que ouvimos contar e somos já muito inflexíveis.
A esta pobre reflexão me conduziu o facto de me terem acusado de ter mau feitio. Depois de um minuto de pensamento interior confirmo que até é verdade. Agora o meu mau feitio não é diferente do dos outros e não faz de ninguém má pessoa. Quer dizer, ter mau feitio é contra-argumentar e não ficar a remoer, calada? Então, pois tenho. Se eu consigo ver isso porque é há outros que se têm em conta de santos? E logo eu. Eu odeio a vitimização alheia porque simplesmente prefiro ter mau feitio a fazer-me de vítima! Pior que ter mau feitio é também o ter, não o reconhecer, fazer-se de vítima e esperar que lhe deêm razão só porque se age como um tolo sonso! Isto é mau feitio: a incapacidade de autocrítica!
E tudo isto envolto num bonito dia de trabalho em Maio quando eu não tenho férias dignas do nome desde o último Agosto, cheiinha de trabalho e sem paciência nenhuma para ser boazinha.
Quando o sol desponta nesta cidade e arredores é certo e sabido para onde se deslocam, peregrinando, várias centenas de populares e suas famílias. Entre praias, munidos com corta-ventos da sport zone e chapéus de sol da Delta, ao périplo das barracas da Feira do Livro ou de artesanato ou de gastronomia ou de... e à prática do ciclismo informal entre parques das nações maiores ou mais pequenos, os portugueses da capital e arredores saem das suas toquinhas e, já não indo para a porta de casa assar sardinhas ou confeccionar croché com as vizinhas, vão “praticar” coisas saudáveis e culturais. Isso e ir às compras para o Lidl ao domingo, mas esses são os mesmo deprimidos. À excepção da minha vizinha, essa é muito deprimida e fica em casa a estender roupa.
Vamos convir que, para quem não tem a felicidade suprema de morar ou laborar no centro de Lisboa, os horários extra-diurnos da feira do livro são um nojo.
Vou lá quando? Ao sábado ou domingo à torreira do sol? É que desde que me lembro sempre fui de noite. É tradição familiar decana. E agora mudam os horários?!
Quê? saio do trabalho às seis e vou a correr, vejo a correr e compro a correr?
Francamente! Há quem tenha um rio para atravessar!