A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Boa noite,Como a entendo.Uma coisa é fazer o "que ...
É tão giro encontrarmos desenhos antigos, retratam...
Compreendo perfeitamente! É tão difícil deixá-los ...
Quarta-feira, 29 de Abril de 2009

Morreram 1500 pessoas só em Portugal de gripe o ano passado, não foi?

E mais uns valentes milhares no resto do mundo, não? A "nossa" gripe da voz fanhosa e da ranhoca também é pandémica, não é?

 

O pânico está assim um bocado para o descontrolado ou não?

 

É que acabei de ver uma senhora no aeroporto da Portela a contar, desvairada, que uma chinesa lhe tinha tossido para cima durante o voo e que agora não sabia o que fazer!

 

depois disto pergunto-me como acabará agora a história dos três porquinhos...

 

daqui

 

Pobres de nós os que ousarmos apresentar sintomas gripais...

 

e daqui

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publicado por amulherdetrintaanos às 22:58
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Terça-feira, 28 de Abril de 2009

25 de Abril, sempre!

Porque passaram 35 anos (e uns 4 dias...) que a liberdade nos caiu ao colo e porque desde então não lh esgotámos possibilidades;

 

Porque a utopia da construção democrática há 35 anos parecia estar ali mesmo à mão;

 

Porque a democratização de acessos à saúde, à educação, à inclusão, à habitação, ao emprego ainda não foi cumprida;

 

Porque existiram milhares de pessoas presas, detidas, espancadas que hoje recebem reformas miseráveis quando foram movidas por uma ideia de liberdade colectiva e a colocaram acima do seu interesse individual;

 

Porque eu nunca percebi como as pessoas que as prenderam, torturaram e, nalgumas vezes, mataram nunca foram julgadas e hoje recebem reformas porque prestaram serviços públicos;

 

Porque a liberdade de livremente pensar, cantar e falar não tem preço que a pague;

 

Porque o facto de ter havido 25 de Abril e a guerra colonial ter terminado a seguir não fez da minha mãe viúva antes que, de potencial projecto, eu pudesse passar a coisa prática,

 

Porque como cantava o José Mário Branco, nós todos viemos de longe, de muito longe e passámos muito para aqui chegar.

 

Estas, entre outras e mais filosóficas, as minhas razões para não esquecermos o dia para que, os 48 atrás dele irremediavelmente associados, não se voltem a repetir.

 

Com atraso, mas com muita convicção!

publicado por amulherdetrintaanos às 20:59
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Segunda-feira, 20 de Abril de 2009

Recorrências

 

Congrantulando-me pela visita da Primavera trabalhei hoje 12 horas.

E saí de lá contente.

 

Os sapatos que vós vedes são, em simultâneo, a minha ode primaveril pesoal e a confirmação da crise económica doméstica em que vivo. Creio ser a única pessoa do país que ainda não viu esses grandes benefícios apregoados e que versam sobre o pragmatismo da descida da taxa de juro sobre o crédito à habitação (do banco) que eu pago há seis anos. Aparentemente é só para o próximo mês. Logo os sapatos são símbolo da minha poupança mensal. São do ano passado e estão em bom estado; logo, serão muito usados até ao fim de Maio, data ainda primaveril em que me darei autorização para dispender mais euros dedicando-os aos meus pés. Isso e uma pedicura com massagem dedo-a-dedo.

 

As recorrências compartilhadas agora são uma mera constatação filosófica da minha própria existência e, aparentemente, coisas que, volta não volta, teimam em me acontecer. A minha amiga T., sabedora de reiki, dir-me-á certamente que fui eu, por alguma razão desconhecida de mim própria, que conjunturei em termos energéticos e semi-conscientes para essa atracção negativa, mas eu, alegre dogmática, só acho apenas que são coisas mesmo parvas. Assim e porque isto hoje não dá para mais, aqui vão:

 

- na sexta-feira fiquei fechada em casa, logo de manhã, quando tentava abrir a porta para ir trabalhar. Parti a chave na fechadura. O telemóvel não tinha bateria. Não encontrei o carregador à primeira. Meia hora depois estava a procurar o número dos bombeiros na net. Finalmente consegui que o homem de trinta anos me atendesse o telemóvel. Com um alicate consegui tirar o resto da chave. Liguei para o meu trabalho e eufórica contei em dez palavras a minha epopeia (que de resto devia soar a desculpa mesmo insólita, mas há verdades que são assim!). O homem de trinta anos chegou meia hora depois e abriu a porta em segundos. Gritei, grunhi e amaldiçoei o seu excesso de selo por fechar a porta a quatro voltas quando sai. Entretanto fiquei com a ideia de que a senhora que lava o meu prédio e que foi a minha interlocutora com o mundo exterior durante a longa hora da minha provação, tentando acalmar-me, quiçá pensando que me poderia atirar em pânico do 4º andar, ia falando comigo muitooo calmamente encostada à minha porta, ficou a desconfiar que eu seria uma espécie de mulher do Zé das Medalhas e que era costume o meu esposo me trancar em casa quando me porto mal :) Desde então cruzei-me duas vezes com ela e aquele olhar cúmplice de pena que me oferece pesa-me muito...

 

- depois, nesse mesmo dia, fui multada à porta do meu local de trabalho por ter ultrapassado em 25 minutos o prazo do parquímetro. Ora eu estava numa reunião, senhores!

 

- finalmente, no final da tarde desse mesmo dia, tive uma das minhas discussões pseudo- cinéfilas com o senhor do clube de vídeo (que não o Blockbuster) que tem a mania de opinar sobre tudo o que uma pessoa escolhe para alugar e que, como já constatei há dois anos, tem um gosto cinematográfico muito próprio. Não é que perdi uma eternidade a discutir se o género do "Labirinto do fauno" seria ficção (dizia ele) ou fantástico como eu tentava afirmar "Senhor, ficção é tudo o que tem aqui, desde aqueles porno e eróticos aos da comédia e ao meu "Labirinto do fauno"!", "Ai não, não, a menina veja lá que ficção é uma história que não é real da nossa realidade de todos os dias e esse filme que leva aí é ficção, tem monstros e entidades que não são reais!" E eu juro que ele usou a palavra "entidades" e que fez o tss, tss, no fim da frase. Não contente quando me está fnalmente a pôr a bolachinha dvd na caixa ainda se vira e atira-me esta: "Olhe se quer um filme mesmo bom leve este com o Liam Nesson. É um graaande filme!" Tinha assim um nome tipo "Fuga Impalcável" e até lhe dou o benefício da dúvida, mas não tem nada a ver. Isto é um exemplo da não ficção das minhas idas e recorrências ao video clube que noutro dia e não naquele teriam sido muito anti-stressantes.

 

Ah?! Isto é que foi um dia cheio!!!

publicado por amulherdetrintaanos às 23:00
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Segunda-feira, 6 de Abril de 2009

São estas coisas que me fazem esquecer, por momentos, que sou mal paga como o caraças

No sábado fui à Feira.

 

No sábado comprei um vestido igual a este.

 

Igual, igual... não é bem assim. O meu não é da Ossie Clark, é de um anónimo, quiça produzido massivamente num vão de escada pejado de mulheres mal pagas que, neste momento, devem estar a costurar ferozmente para ver se o estaminé para onde trabalham não vai à falência...

 

Voltando ao meu vestido: tem todo este glamour vintage e mais algum. Só não tem o grande cinto com laço. O laço está no pescoço. E a altura. O meu assenta depois do joelhito. De resto está lá tudo: os plissadinhos, a manga três quartos, o tecido a fazer lembrar seda e a cor (que o padrão não é tão circular, mas cai bem à mesma).

Ora contas feitas, o meu vestido custou menos £993, o que dá qualquer coisa como mil e poucos euros.

 

De facto o meu vestido foi muito barato.

 

Vejamos: 2euros pelo dito + 2 euros para a senhora que me costura os arranjos, pois tinha a bainha descosida e uma pessoa não vai olhar a essas coisas, pois, na altura, está mais preocupada em tirar as moedas da carteira e a contá-las e a congratular-se em pensamento pelo magnífico negócio que se vai concretizar, mal encontrasse os 20 cêntimos que me faltavam para perfazer o montante!

 

E ajudei a economia doméstica do vendedor. Só vantagens!

 

E merecerá uma foto logo que a senhora costureira reformada mo devolver!

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publicado por amulherdetrintaanos às 19:52
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Quinta-feira, 2 de Abril de 2009

Desvio

daqui

Ora tenho andado arredada daqui, pois tenho. Acontece que a vida duma pessoa não é só isto. A vida duma pessoa anda a par e passo com a profissão duma pessoa. Com os lazeres duma pessoa. Com os hobbies duma pessoa. Ou andam todas em simultâneo, já nem sei.
 
Ora eu tenho andado tão intelectualmente espremidinha que já não sobra nada. A bem dizer poder-se-ia sempre ir dizendo qualquer coisa por aqui, mas eu não sou capaz. Quando não tenho nada para dizer, abstenho-me.
 
Não me apetece dissertar sobre o estado das coisas, nem dizer que me apetecia estar em Londres a gritar contra o norte e a favor do sul do mundo, não me apetece falar da Primavera, não me apetece partilhar o que ando a ler, nem a vestir, nem o champô novo que comprei e que me deixa o cabelo oleoso cinco horas depois,…
 
Estou desinspirada (palavra que o inculto corrector do word não reconhece), não confundir com apática.
 
Por isso e oficialmente, este blog vai começar a ter posts actualíssimos, mas bastante desisnpirados, parvos, fúteis e curtos, telegráficos, assim a fazer lembrar o estilo que eu sempre admirei da Marguerite Duras, uma frase que vale por cem parágrafos, só que sem o escol de conteúdo que era apanágio das frases da senhora.
 
Treinando:
 
Ela estava sentada.
 
Olhava-lhe a nuca pigmentada e contava as manchas acobreadas extensíveis pela superfície insigne. Da cabeça às orelhas, um retalho acolchoado de carne e pele e manchas.
 
A nuca tornou-se rosto e olhou-a.
 
O rosto falante não via a mulher.
 
Falava, mas a voz imitava uma gravação inócua. Centenas de palavras repetidas desde sempre. Era tudo novo, mas o novo era palavra já dita.
 
Cansada. Ouvia. Palavras enfadas, escolhidas, ordenadas. Frases articuladas duma boca mecânica.
 
O rosto fora humano. Agora nem a velhice lhe devolvia a proximidade.
 
A boca falava, mas só a casa pulsava. O rosto estava sozinho numa redoma viva e a mulher estava mais próxima da casa memória do que do rosto falante de palavras dirigidas para lá da casa.
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publicado por amulherdetrintaanos às 22:05
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