A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Boa noite,Como a entendo.Uma coisa é fazer o "que ...
É tão giro encontrarmos desenhos antigos, retratam...
Compreendo perfeitamente! É tão difícil deixá-los ...
Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008

Ando sem tempo

para nada.

 

Uma catrefada de coisas para fazer no trabalho; situações que se prolongam para além do horário de trabalho; quinhentos mil acontecimentos que apelam à minha, já estafada, polivalência; as coisas pendentes a arrastarem-se, mais telefonemas, mais mails, mais reuniões, mais colegas parvas como uma porta, mais, mais, mais...

 

Então fico cansada. E apetece-me ter 15 anos outra vez, mas com casa própria e o meu ordenado de hoje e uma turma divertida, não ter contas para pagar e essas coisas todas muito utópicas e ilógicas em que toda a gente pensa de quando em vez.

 

Quando estou assim leio muito.

 

E como o meu cansadito cérebro não arranca para um post decente, o computador está outra vez preguiçoso e bloqueia de cada vez que tento responder aos comentários, deixarei isso para a próxima e vou dar uma de senhora-seca-membro-de-um-clube-de-leitura que, neste caso, é só composto por mim e partilho as minhas últimas leituras de há 4 semanas para cá.

 

Primeiro acabei de ler o livro do Haruki Murakami que me custou, devo dizer, mais do que o primeiro que li (o "Norwegian Wood").

 

da Casa das Letras

 

O Haruki é um grande maluco. Eu nem sei se é genial se apenas um enfastiado que escreve bem (e é bem traduzido por sinal). Uma pessoa perde-se num universo que, de tanto descambar para o onírico, nos faz continuar a ler sem destrinça do real e do fantástico. Uma espiral de realidades paralelas onde se perde o Okada e onde me perdi eu. Mas é bonito esse universo. Tão bonito que se torna quase irresistível deixar de ler à procura de um fio condutor, uma resposta que fica sempre aquém, mas que retorna em forma de outra metáfora, outra enfabulação. Irritante, mas poético. Chato, mas incrivelmente bem estruturado.

 

Dou-lhe três estrelas e meia porque, no fim daquilo, até gostei (como não?).

 

Depois resolvi comprar, este de uma senhora com ar de avozinha, a Billie Letts.

book cover ofShoot the MoonbyBillie LettsEm tuguês, "O Estranho".

 

Gostei. Muito mesmo. Fiquei desconfiada porque o seu best seller anterior tinha sido recomendado pelo "Clube de Leitura da Oprah" (?!). Não é bom sinal. Geralmente são charopadas. Mas este não, ficou omisso no limbo dos livros traduzidos. Gostei da sinopse. Comprei. Muito bom: um retrato sociológico de uma vila perdida em Oklahoma entre reservas índias e a terra "nova": a multiculturalidade e um sistema social fechado. Uma ruptura na comunidade e a sua recomposição décadas depois.

 

Três estrelas e meia, mais pela análise sociológica do que pela originalidade da história.

 

Depois fui às compras a um hipermercado e verifiquei que os livros são mais baratos do que na Fnac, folhei este e dei uma oportunidade ao Mark Mills ( um argumentista que, com este livro, se estreou).

 

O homem é um erudito da mitologia grega com o "Ovídio" à mistura e o "Inferno" do Dante pelo meio. Uma história fascinante passada na Itália do pós guerra. Um jardim renascentista e uma tese de licenciatura do personagem principal. Uma quinta de família na Toscania e uns personagens cheios de vida. O jardim tem um mistério (que, lá está, só um versado em mitologia grega conseguia perceber). 

 

Dou-lhe 4 estrelas, pois não é para qualquer um conseguir misturar tanta erudição e fazer-nos perceber tudo, mais a história e umas descrições de ambientes muito bem conseguidas.

 

 

Por fim, acabei há meia hora esta pérola e para ele vão as 4 estrelas e meia, não fora o final que me deixou a procurar a última página, mas, pronto, dar-lhe-ei o beneficio da dúvida e o facto de poder existir uma sequela que me mate a dúvida que ficou a pairar após as 494 páginas...

 

em português "Desaparecidos" da Civilização.

 

Moral da história: ler faz melhor que os antidepressivos.

 

 

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publicado por amulherdetrintaanos às 23:55
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

Idiossincrasias algarvias

 

 

Estive entre Cacela e Vila Real de Santo António com a minha progenitora.

 

Apanhei todo o sol que consegui.

 

Como a água é quente para aqueles lados, não ressequi.

 

Faz-me bem o sol.

 

Não liguei aos turistas cor de camarão extra cozido. Não liguei aos preços altíssimos da restauração do sítio. Li um livro. Conversei e flanei por lá.

 

Primeira coisa estranha (parecem que vêm ter comigo!).

 

 

Cadé a legenda a explicar o porquê do nome? Ou o obituário? Ou algo que nos faça perceber o motivo de, ao nome mais comum deste país, lhe acrescentarem mais dois e toma lá com a Rua das Três Marias. Quem eram? O que fizeram? Eram irmãs? Viveram  uma relação amorosa que chocou Vila Nova de Cacela? Eram desgraçaditas e eremitas a fazer lembrar as moças da Casa de Bernarda Alba, mas só com três irmãs? O Tchecov passou em Cacela? Não sei. O mistério consumiu-me.

 

Depois não resisti a captar este painel de azulejos cujo tema fica a dever-se a essa sabedoria tão pragmática que é a do povo. "Deitar água na fervura". Magnífico painél que adorna a fachada da ordem e da lei em Vila Real de Sto António. É bonito.

 

 

 

E esta é intrigante ao princípio, quando de Altura para Cacela Velha começamos a ver placas com esta indicação. Indagámos. Era "a" fábrica, ouvimos dizer. Antiquíssimo exemplo de arquitectura industrial. A placa indicaria a fábrica "de tijolo". Vulgo que fazia tijolos. "Ah, deve estar musealizada! Vamos ver".

 

 

Era. Pois era. Porque quando lá chegámos, ou seja, três placas depois, uma descida íngreme e uma baía sem saída já nada restava da fábrica. Atrás desta placa, uma terraplanagem. Perguntei a um autóctone: "Ó senhor, não me dizia onde é a fábrica?". "Era ali, agora já não é". Fiquei desapontada. Ó senhores da Câmara Municipal aí do sítio, retirem lá as placas do meio da estrada! Se a fábrica foi à vida, não enganem as pessoas que a gasolina está cara. E não éramos só nós a perguntar pela fábrica... francamente!

 

 

 

Ficámos com este esteiro de ria. Bem bonito por sinal e não cheirava mal.

 

Perante estes apontamentos tão identitariamente nossos como é que ainda se afirma por aí que o Allgarve já não é português?

sinto-me: provocadora
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publicado por amulherdetrintaanos às 22:07
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Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008

E ainda dizem que as compras são um anti-depressivo


Também seriam, é verdade. Mas estou numa fase economicamente comedida, por isso arranjei alternativa.

Quando estou assoberbada de trabalho, costumo acordar misteriosamente a meio da noite a pensar nos e-mails de trabalho enviados, mais aqueles que deverei enviar, depois o meu pensamento entorpecido passa para um relatório que de tão atrasado já me cheira mal e depois ainda e, sem nunca abrir os olhos, revejo uma série de contactos que terei de fazer para o dia seguinte. Reviro-me e salto, de um para o outro lado, na cama; às vezes chego a dar um ligeiro ar de malabarista-ginasta e consigo acertar com um cotovelo no meu bed mait e, com a sensação de estar cheia de sono demoro longos minutos para voltar a adormecer.

Isto passa-se de noite. De dia também sou muito activa. Tão activa, mas tão activa que as minhas colegas consensualizaram que é assim que eu consigo não engordar (!) e não há ninguém que as demova de tal.

Depois chego a casa e que faço? Na maior parte das vezes, leio. E para minha alegria até ando a ler muito. Cada semana, cada livro desde o início do verão com breve paragem pelas férias. E ainda consigo melhor: são livros bem escritos que para mim não há cá nada do género dessa desgraceira que é o Português Suave e afins (e sim, posso dizer que é um livro desgraçado e mal escrito, pois emprestaram-me e eu até lhe dediquei hora e meia de leitura e jurei para nunca mais, tamanha a tacanhez do uso que ali se faz da língua portuguesa a acrescer a ausência de alguma inovação numa estrutura narrativa tão gasta, tão gasta que até os livros daquelas edições de bolso de romances cor de rosa conseguem fazer melhor).

Mas quando chego a casa, cansada e com uma dor de cabeça de tanta preocupação laboral, o que é que me dá mesmo para fazer?

Aqui vai e por ordem:
Aspirar a sala + o hall+ a cozinha com seguimento imediato de uma lavagem vigorosa de esfregona por todo o chão + uma barrela de tapetes destes sítios.

E depois deveria estar cansada. Mas não. Estava a acabar de pôr os magros tapetes na máquina (magros porque isto dá-me assim quase mensalmente e de tão lavadinhos já perderam o pelito, eu sei) e sou assolada pela ideia de ir fazer... raviolis!

O homem de trinta anos ousou perguntar, carinhosamente-diga-se, no permeio desta actividade toda "não ?tás cansada? Eu faço o jantar." Claro que não! Era a minha vez e estas organizações domésticas são para ser cumpridas que assim é que deve ser e apetecia-me fazer massa fresca e portanto que sim, que ia fazer tudo de raiz, que era muito mais saudável, sem conservantes, sem aditivos, tudo cozinhado em casa como antigamente se fazia, que saberia melhor e esses argumentos que desencanto, nem eu sei de onde. E ele lá foi à vidinha dele, pois reconheço que quando estou assim também não me apetecia fazer companhia nem a mim própria.

E lá fiquei eu, nas três horas seguintes a fazer massa, a amassar a massa (passo a redundância), a bater na massa, a envolver a massa em plástico para ela levedar, a encher de nódoas o meu petit livro de cozinha, a lavar a loiça que ia sujando, a fazer a bolonhesa ao mesmo tempo, a recortar a massa, a fazer cartuchinhos que, no fim, pareciam rissóis gigantes...

Começámos a jantar para aí às dez e meia. Não ficou nada de especial! Mas fez bem para divagar enquanto esmurrava a dita (só para não usar "massa" outra vez) e uma consulta no psicólogo seria decerto mais cara e não encheria duas barrigas.

Imbuída deste espírito e como a semana foi para esquecer já convidei uns amigos para virem cá jantar hoje. Se isto continua assim tenho mesmo de ir às compras.
sinto-me:
publicado por amulherdetrintaanos às 19:54
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Segunda-feira, 15 de Setembro de 2008

Da epifania televisiva de ontem ou do meu masoquismo latente


Hoje alguém me evidenciou que o conceito norte americano de looser não tem correspondência com a realidade portuguesa, pois a pirâmide sócio-capitalista é diferente, mais as assimetrias e idiossincrasias multicurais do outro continente que conferem aos papeis sociais outras nuances que não as nossas não permitem a aplicação e blá, blá, blá.

Looser seria, no limite e digo eu, o nosso zé ninguém, mas nem assim está lá perto, não se chega a looser por uma questão de se ter azar na vida; não se é um desprotegido da sorte, não é preciso ser-se alcoólico ou toxicodependente, não é uma característica inata, adquire-se pela diferença e na comparação. Uma espécie de desviante social, a atirar para o azelha. O que está à margem, mas queria era estar lá dentro e chamar looser a outro. Uma espécie de Bobone da etiqueta ou de Tino da política. Para os norte americanos um looser é aquele que não é popular, que não atinge objectivos sociais, profissionais, afectivos e outros estereotipados pela sociedade dominante onde, desgraçadamente, está ou se quer ver metido. É aquele que fica com a mulher mais tosca, o que é gozado e abusado pelos colegas, em quem o chefe descarrega a frustração, enfim, o bode expiatório de tudo e de mais alguma coisa.

Então, e admito sem me conseguir desprender do paradigma americano, assomou-se-me logo ao cérebro um outro conceito fumegante e acabadinho de inventar para tornar inteligível à minha pessoa os 15 minutos de excruciante tormento televisivo a que ontem à noite me submeti no canal com nome de doente e que cumpre o seu desígnio em pleno. O de portugueses trash. E tudo isto porque ontem vi, e juro que só aguentei um quarto de hora na intermitência do zapping, aquele formato americanóide transposto para português da sick em que um otário qualquer faz o teste do polígrafo e leva atrás, para a humilhação pública, uma mulher deficiente emocional, um amigo dos copos e um irmão saloio.

E, alguns de vocês, caros leitores (se os houver), podem até argumentar: "mas quem és tu, ó mulher-de-trinta-anos, para fazeres juízos de valor sobre as pessoas, coitadinhas, que vão à televisão à procura de um complemento salarial e são corajosas e sinceras e humanas e que erram?! Todos nós erramos e tu a achares que és dona da verdade?!" Ao que eu, de antemão, respondo já que não vão por aí. O blog é meu. Logo, digo o que quiser.

 

 

 

 

Uma pessoa passa pela vida sem saber para onde vai, mas como no poema, ao menos que se saiba por onde é que não se quer ir. E quem anda à chuva, molha-se e outros clichés semelhantes.

Duas considerações
Aquela mulher desperta-me a vontade de lhe dar um estalo para ver se acorda, tamanha a demência da relação que alimenta: o homem faz sexo com outras sem preservativo; paga para ter sexo com companhias duvidosas; apelida as mulheres de fracas; não gosta de brincar com a filha; não a perdoaria caso ela (vá-se lá a saber porquê) cometesse adultério e ela ainda responde que não sabe se a relação tem futuro e que sim, ele a ela, assim, em casa, nunca lhe faltou ao respeito, é bom marido, é bom pai... Séria candidata a vítima de violência doméstica. Alguém a alerte.

Aquele homem é uma besta, sem subterfúgios ou máscara, é um perfeito imbecil que há 50 anos era um bom partido e hoje em dia só serve para ser sovado. Um deficiente emotivo, belo exemplar da tradicional educação que advém do "pobrezinho, mas honradinho" e dessa pérola que graça como "se tenho barba é para mandar". Aquele espécime é um básico do piorio: pensa de forma básica e articula a sua visão do mundo à volta daquilo, tipo pescada de rabo na boca ou burro com palas bem estreitas: um homem tem necessidades que a mulher não preenche; a mulher é mãe e uma boca que beija os filhos não faz coisas porcas e vai daí, vai ter com a profissional do sexo mais próxima com toda a legitimidade que a sua condição de género lhe garante. A mulher pertence à casa e é a sua extensão, ambas são coisas sagradas e que ninguém se meta com elas. Um homem tem uma rede social ampla e fortalece-a fora de casa numa alegre variante de orgias com os camaradas amigos (também extremamente másculos e viris) e a mulher faz vista grossa e sofre calada enquanto lhe lava a roupa interior e lhe faz o jantar. Mulher = metamorfose entre empregada doméstica e mãe. Homem = caçador (num sentido amplo) e autoridade. A mulher submete-se aos caprichos do homem porque é da sua costoleta que a mulher saiu e está à margem de qualquer crítica, pois ele, em última instância, é quem sabe, quem decide, quem manda. Manda na mulher e na filha e na casa dele. Nele ninguém manda, muito menos uma mulher.

 

 

 

Anormal! Daí a discussão entre o looser, o zé ninguém ou o atrasado mental. Arremato a 3ª e apelido estes belos exemplares de portuguese trash e estou a ser muito boazinha.


Quando a mediocridade, neste país, é premiada com a módica quantia de 50 mil contos, o que é que nos resta? O suicídio ou a emigração, dizem alguns de vocês, mais radicais. Uma depressão profunda ou a aquisição de hábitos alcoólicos, dirão outros, mais propensos ao bloqueio psicológico e que ainda não leram O segredo.

 

Torturei-me verdadeiramente enquanto via aquele programa asqueroso, é verdade. E voltava lá, só para ver a próxima pergunta e até onde ia a falta de amor próprio do interveniente. Esgotou tudo e ganhou. Ganhou dinheiro, mas deve habilitar-se a perder a mulher e o emprego. Ou então não. Torna-se apresentador de televisão e passa a integrar o rol de personagens vazios das revistas que custam menos de 1 euro e 50 cêntimos. E, no meio disto tudo, vai na volta, estou a ver tudo ao contrário e a looser sou eu.

 


sinto-me: irada
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publicado por amulherdetrintaanos às 19:07
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Domingo, 7 de Setembro de 2008

Se eu tivesse saído de um Manga

eu seria assim...

 

Per salvare l'immagine: Tasto destro poi clicca su "Salva immagine con nome".só com o cabelito mais desgrenhado...
 
Se quiserem experimentar, é aqui!

 

 

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publicado por amulherdetrintaanos às 18:15
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Quinta-feira, 4 de Setembro de 2008

Como perverter ideias alheias

Ontem passei o dia, em grupo, a seleccionar fotografias.

 

Como se não bastasse, hoje continuei a tarefa e ainda andei a ver programações de exposições alheias.

 

Agora estou cansada, mas ainda consigo perverter todo um outro nível conceptual, que não o meu, e imaginar o seguinte:

 

Olhei para esta fotografia e o que é que me veio à cabeça? Olhar a luz, a lente usada, a exposição, focagem, ângulo, a ideia ou o enquadramento? Não. O que me assolou à cabeça, o primeiríssimo pensamento foi, "Vou ajardinar a minha casa de banho: dois vasos, uma jarra e vai ficar tão lindo!"

 

Com esta lembrei-me, penitente, que risquei ontem os meus óculos de sol de eleição...snif

 

Depois, ainda insisti...

Mas esta só me fez lembrar que devia ir arrumar a minha gaveta onde os meus colares jazem todos enrolados uns nos outros...

 

E com esta desisti que o cansaço torna-me básica, está visto, e estou sem paciência para mim... Fiquei com vontade de fumar.

 

 

Há fins de dia que só mesmo estirada no sofá a olhar o televisor...

sinto-me:
publicado por amulherdetrintaanos às 18:48
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Quarta-feira, 3 de Setembro de 2008

Sabem aqueles pseudos insultos que nos caem como um grande elogio?

Hoje tive um desses!

 

Fiquei tão contente...

 

 

O meu interlocutor ficou frustrado. Viu-se o esmorecimento na cara dele.

 

Fiquei tão contente...View image detail

sinto-me: como o pássaro
publicado por amulherdetrintaanos às 20:32
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Segunda-feira, 1 de Setembro de 2008

Escrevia o Kafka no "Processo"

que "a lógica é na verdade inabalável, mas não resiste a um homem que quer viver" e eu até vou afastar este livro de perto de mim, pois senão ainda acabo num degredo nihilista sem retorno.
 

Quando os senhores abstractos que assinam como da Direcção Geral de Finanças sub-repticiamente me manipularam até eu estar perdida nos canais kafkianos e pedir on-line um nº electrónico para a minha pessoa contribuinte eu jamé, jamé pude pensar que era para passar o tempo e fazer partidas matreiras às pessoas incautas como eu. Mas, vai-se a ver, e é.

Ando eu para aqui, fresquinha e airosa, acometida de crises de ansiedade profunda que me fazem consultar o meu banco directo e on-line de meia em meia hora para ver se já recebi o meu IRS que supostamente deveria ser pago até 31 de Agosto e o que é que eu descubro hoje depois de ter conversado com o meu banco e quase ter acampado à porta das finanças da minha aldeia?!

Descubro que o significado da palavra "LIQUIDADO" no meu recibo de cobrança on-line, na realidade (atenção! na realidade real de eu ter já conjunturado que, desde dia 18 liquidado era liquidado e, perante tamanha redundância, só poderia acontecer que algo se havia passado e que um hacker informático me poderia ter desviado os meus tostões algures nessa transacção virtual entre as Finanças e o Banco), na realidade, "LIQUIDADO" significa "PARA COBRANÇA"!!!

Ah! Ah! Ah! Ah! Grrrrrr!!!!!!


Onde?! Como?! Pergunto eu à senhora de mise descaída e ar enrugado e cinzento que tinha, qual guilhotina, uma placa com o nº do balcão mesmo em cima da tola. E eu, com medo que a placa  descaída ainda me caísse em cima, desviada e a tentar explicar a situação:

- "Pois, desde dia 18 que diz liquidado e eu não tenho o dinheiro na conta. Demora assim tanto? Há algum problema? Ah? Ah?

E ela, lentamente, de pescoço hirto, secamente:
_ O cartão de contribuinte.

E eu, a tentar algum sinal de empatia e compreensão:
_ Está aqui. Veja lá. È estranho, não é.

E ela, a 0,001 à hora, vira os olhitos para mim e diz-me o imponderável:
_ Não é nada estranho. Estou a ver aqui que ainda está para cobrança.

_ Então, mas quando eu entro com o nº que o choque tecnológico me fez cair ao colo diz lá "liquidado". Isso não quer dizer que está acabado, está pago, finito, volta cá para o ano?!

_Uma coisa é o que você vê e outra a informação que nós temos.
 
Ah, está bem. Muito obrigado pela atenção, desculpe lá qualquer coisinha. Para a próxima vez que a incomodar trago uns bolinhos e ainda lhe dou uma gorjetazinha pela o incómodo causado...
 
Isto deveria ser o que a alminha pensava receber ante a resposta que me deu. Mas não. Um espírito reivindicativo apoderou-se de mim e lá fiquei eu a expressar a minha indignação. Qual é a graça (já para não perguntar a idiotice) de se colocar uma coisa, quando, na verdade, essa coisa não corresponde à realidade. A minha pessoa contribuinte não tem mais nada para fazer do que andar a preocupar-se com uma dívida (pois, que hoje já é dívida que o prazo para me pagarem o que devem terminou dia 31) culpa da inaptidão das (como carinhosamente toda a gente lhes chama) Finanças?!  E os juros? Ah, pagam. E posso cobrar multa, tal qual o Estado me cobrava a mim quando me atrasava, num dia que fosse, a pagar o IVA? Ah, não posso... Pois não tem "lógica". Ah é? Os contribuintes não podem multar o Estado. Ah... E vai demorar muito? É que o dinheiro é meu... só para saber, tipo vai demorar até ao Natal ou antes, ou depois? Ah, mais umas semanas, pois... mas sabe, isso é muito vago... Depois ainda ponderei pedir o livro amarelo. Depois desisti. Vou pedi-lo quando me pagarem e depois vou à DECO. Há-de haver maneira de me conseguirem explicar o porquê de me mentirem descaradamentesobre a situação do santo IRS e no que é que isso contribui para a tal aproximação das pessoas às instituições de que dependem.
 
E lá estava a senhora, cinzenta e macilenta, a ajeitar os óculos, com a mise cada vez mais torta e a levar comigo já a parvejar e a responder a tudo, tipo autómato. Fiquei com peninha dela. Depois calei-me e vim-me embora a sentir que, nesta porcaria de canais burocráticos, eu estaria sempre a perder. A perder tempo, paciência, pele lisinha e macia, horinhas no trabalho e que não ganhava nada.
 
E, pronto, fico à espera que o Estado me pague o que me deve, com os tais juros, em casa e calada, a olhar para o recibo de cobrança on-line e a ver lá "liquidado".
 
Moral desta história:
sinto-me como um burro, a andar para a frente só porque lá ao fundo estão as "finanças" com uma cenoura pendurada.
 
 
sinto-me: ion, ion
publicado por amulherdetrintaanos às 19:23
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