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Hoje é o Dia Mundial da Psoríase.
Em Portugal este dia serve sobretudo de pretexto para dar a conhecer uma doença que apesar de atingir cerca de 250 mil portugueses e 80 milhões de pessoas em todo o mundo, continua a ser desconhecida para a maior parte dos cidadãos.
A psoríase é uma doença crónica da pele e NÃO É CONTAGIOSA.
Existe uma associação que tem feito um trabalho de divulgação e apoio a doentes psoríaticos muito importante: a PsoPortugal.
Se pretendem saber mais informação sobre a doença ou se sendo doentes necessitam de encaminhamento, esclarecimentos, apoio psicológico ou simplesmente entrarem em contacto com pessoas que partilham a mesma situação crónica, este é o site da PsoPortugal:
Estas são algumas das imagens da campanha de sensibilização actual cuja importância é enorme na divulgação da doença e na transmissão da ideia de que se virem na praia alguém com "escamas" no corpo não precisam de olhar, nem de ir perguntar do que se trata e nem de afastar a vossa toalha de perto dessa pessoa.
Não é fácil viver com uma doença com um impacto social e estético tão grande. A psoríase abala bastante a autoconfiança das pessoas atingidas, não precisam de contribuir para baixar ainda mais essa auto-estima com atitudes preconceituosas e ignorantes. Ou ainda com perguntas retóricas do género: "Que horror, o que é isso!!!" ou "Coitada, isso arde!!!"
Se um cole@ do vosso trabalho tem "crostas" no pescoço; se a caixa do supermercado tem "escamas" nas mãos ou se um amig@ vosso tem as pernas com essas "crostas" avermelhadas não vale a pena ajudar à sua autocomiseração. Tratem as pessoas com dignidade e normalidade.
A psoríase, em última instância, é uma injustiça genética, tal como outras doenças menos inestéticas ou outras bem mais graves. NÃO É TRANSMISSÍVEL . Pode acontecer a qualquer pessoas, a qualquer familiar vosso ou mesmo vocês.
Eu sei do que falo, pois há 23 anos que tenho psoríase. Falarei deste assunto num outro post.
Para hoje fica a minha solidariedade ao trabalho desenvolvido pela Psoportugal e o meu apoio à luta pela comparticipação do Estado nos medicamentos que estes milhares de doentes crónicos necessitam. No próximo post farei as contas do que gasto, particularmente, por mês, apenas em medicação de uso tópico. Só vos digo que não é, infelizmente, ainda para todos!
Está a circular na net uma petição de repúdio a um acto verdadeiramente vil.
Um "artista" da Costa Rica, Guillermo Habacuc Vargas, expôs um cão vadio
faminto numa galeria de arte. Ninguém o alimentou ou lhe deu água.
Morreu durante a exposição. Ninguém chamou a polícia ou qualquer outra autoridade ou associação.
É, no mínimo chocante e revoltante que se designe "arte" à tortura de um ser vivo.
Guillermo Habacuc Vargas- o pseudo artista- foi o escolhido para representar o
seu país na "Bienal Centroamericana Honduras 2008".
Existe uma petição onde é pedido que ele não receba este prémio.
Contra a desumanidade e a inexistência de parâmetros morais de qualquer espécie, se acharem por bem assinar podem ir a
Ora bem... um computador, hoje em dia, só serve para nos atazanar a vida. Instala-se, como quem não quer a coisa muito de mansinho na nossa rotina à espera de que seja realmente imprescíndivel para... auto imolar o seu próprio disco rígido.
Pronto, estou sem computador!!! Está no hospital dos computadores, entregue ao sr. Alberto que, como tem muito trabalho em mãos, vai demorar "para lá de 5 dias...".
Aqui estou eu num posto público de internet, com tanto para dizer e sem pc em casa!!! E com o tempo contado! E mais... com o pessoal que aguarda a olhar para mim de esguelha!
Se a situação fosse outra estava capaz de dissertar um pouco na esperançosa e participada manifestação da função pública, mas estou a ser pressionada pelo tempo que tenho para usar este pc.
Só uma ideia no ar:
neste Estado que de Providência já nada tem quer-se que a função pública continue a servir de padrão para o patronato privado saber como pagar e tratar (providencialmente) os seus trabalhadores? Ou então atacam-se hoje, os nada privilegiados, funcionários públicos para cercear os direitos adquiridos de todos os trabalhadores desde públicos a privados? É que a função pública servia de barómetro contra os lobbies empresariais, agora é tudo uma grande empresa privada!!!
É certo que o trabalho já não é o que era! Quem pretender definir a sua identidade através do trabalho é bom que tenha presente que, mais tarde ou mais cedo, vai sofrer uma crise de... identidade. Já não há emprego como antes: um emprego para a vida toda! Daqui a menos de 50 anos, não vai haver trabalho para uma percentagem significativa de recursos humanos no mundo ocidental. Dizem economistas de vários países.
Isso da flexisegurança enquanto instrumento para "qualquer coisa" deveria ser explicado e contextualizado ás pessoas. É que não acredito que alguém consiga perceber o que se passa hoje em termos de política económica sem informação e contextualização de toda a situação.
E por falar nisso, é bom assistir a uma mobilização colectiva em torno de uma reivindicação comum, mesmo que essa seja sintetizada num mal estar geral e no decréscimo da qualidade de vida e dos direitos adquiridos. É que a união dos trabalhadores faz mesmo a força e limita essa acção inqualificável que é exercida pelas empresas privadas (mas não só) e que se concentra numa repressão à manifestação e à greve através de "castigos" omnipresentes do género, o trabalhador que foi à manifestação não faz horas extraordinárias porque não "há", mas já "há" para o que calou e comeu e com medo não diz nada, não vai à manif e foge da greve a 7 pés!
Nos tempos que correm as pressões sociais sobre as mulheres aumentaram muito. Não, a vida não é mais fácil apesar do aumento da qualidade de vida. É verdade que também não é mais difícil, é apenas muito diferente. Exemplificando com a mulher da classe média portuguesa... A mulher hoje tem posibilidades nunca antes experimentadas (isto não altera a minha ideia essencial: o acesso à educação, à cultura, à alimentação, à dignidade devia ser transversal à classe nesta sociedade que se quer inclusiva, mas enfim... vejam as estatísticas sobre o aumento do número de cidadãos socialmente excluídos...). Mas voltando à mulher média que se vai aguentando e às suas possibilidades infindas pus-me a pensar na diferença geracional entre mim e a minha avó. Mais do que a situação financeira, é toda uma mentalidade que se foi alterando desde o tempo em que a minha avó era uma mulher de trinta anos. Cheguei à conclusão que entre nós as duas o que nos afasta é também o que nos aproxima porque ela representa um espelho onde se reflectem as mulheres antes de mim, um ponto evolutivo onde me percebo e do qual me demarco. Sem ela(s), as mulheres de oitenta (para além da perspectiva genético evolutiva), as mulheres de trinta não seriam o que são. Vejamos então um rebuscado das principais tópicos da diferenciação:
O casamento: a minha avó desde a puberdade sabia que “teria” de se casar, depois dos 13 e antes dos 21/22 anos. Para ela, o facto de eu só ter tido uma relação mais estável aos vinte e muitos assombrava-a permanentemente. A pressão residia na frase repetida “ah, que felicidade quando te casares... é só o que a avó espera agora da vida.” E o tempo a passar e ela a achar que eu estava a ficar fora de prazo para o mercado matrimonial. Mas, o relativismo cultural é maravilhoso e não é que ela até percebia que primeiro, pois que “eu fazia muito bem estudar, faculdade, ser independente...” mas se arranjasse, no meio disso, um tempito para o casório era a cereja no topo do bolo!!! A minha avó só namorou com o meu avô, o seu único namorado; eu tive mais...
A relação homem/mulher: as mulheres de oitenta eram tão infantilizadas pelos homens que até hoje lhes perdura nas observações uma ingenuidade pueril que contrasta com as suas rugas. Principalmente quando as conversas se acercam do universo masculino. Para a minha avó, o homem é que sabe (sabe de política, sabe de dinheiro, sabe educar, sabe falar e sabe mandar), enfim sabe tudo e mais do que ela (ninguém a demove desta ideia!). Socialmente, o homem deve ter sempre a última palavra; com as suas vizinhas, a minha avó vinga-se e deita-o abaixo... Assim, quando eu ouso questionar o meu marido/namorado/”amigado” cometo o pior dos impropérios e ela desculpa-se, junto dele, por mim!!! Quando o meu avô, no auge da sua mobilidade, se senta à mesa e resmunga que lhe falta um guardanapo, a minha avó levanta-se, com ar penitente, e vai buscar o dito. Para a minha avó, a minha vida doméstica é um caos permanente e pensará, concerteza para si, “pobre rapaz, como aguenta?!” Ele cozinha também e passa a ferro e limpa o pó, tal como eu!!!
A situação económica: a minha avó era pobre; ela e mais 6 milhões de portugueses. Não havia classe média, existia meio milhar de burgueses comerciantes e uma classe alta muito rica. A minha avó costurava a sua roupa, a do marido e a dos filhos. Comia carne em dias festivos e não tinha qualquer remédio senão abusar dos hidratos de carbono. Ia ao “sr. dr.” quando já estava mesmo mal e substituia os remédios farmacêuticos por mezinhas caseiras. A água potável era do poço e levava-a para casa às costas. Também não tinha luz eléctrica, tinha velas. Custa-lhe perceber a definição e utilidade de um mp3 ou de um ipod; não percebe de todo o que é a internet. Não confia no comboio da ponte 25 de Abril e desconfia do multibanco. Mas sabe converter escudos em euros e conseguiu fazê-lo mais depressa do que eu. A minha avó só teve um ano de escola, eu tive muitos porque felizmente não me puseram a trabalhar aos 8 anos.
A vida para além do casamento: a minha avó tinha amigas quando era solteira, depois de casada passou a ter apenas vizinhas. A minha avó trabalhava tanto (na altura não havia férias e nem fins de semana) e a toda a hora que não tinha tempo, nem sabia, que podia cultivar relações de amizade. A minha avó nunca teve um homem como amigo (e nem o meu avô deixava! A culpa não era dele, pois homem que era homem não permitia cá conversas com outros da mesma espécie). O auge da vida social da minha avó tinham sido os bailes onde conhecera o meu avô e que frequentava acompanhada por sua mãe e irmãs. A minha avó não aprova que eu almoce ou jante com amigos, mas sabe que hoje as coisas são “diferentes”. Custa-lhe a entender que eu saia sozinha, que vá ao cinema sozinha ou acompanhada com alguém que não seja o meu “marido”, mas percebe que já não me vão apontar na rua e dizer mal de mim como há 60 anos atrás. Não percebe do que estou à espera para ter filhos, não entende o que hoje significa “estabilidade financeira” porque no tempo dela não havia ordenado fixo e trabalhava-se à jorna (de sol a sol e pagos ao dia e depois desse dia podia ou não haver trabalho) e ela mal se casou engravidou logo e “tudo se cria” e a mãe dela criou 16 crianças e eu para ter uma criança ando ando aqui a adiar e gasto o dinheiro em férias “no estrangeiro” quando devia era amealhar para “dias piores ou uma necessidade”.
Isto de se ter trinta anos e começar a pensar na vida não aconteceu assim do dia para a noite, ah pois não.
Este mergulho existencialista sempre existiu, mas tão virado para dentro foi para aí por volta dos 28, 29 mais ou menos.
Antes, a vida era uma alegre euforia de várias coisas para fazer. Para já discutia-se o virar do milénio e vozes mais apocalipticas bradavam que o mundo era desta que acabava. Isto do mundo acabar também depende muito do contexto: para os informáticos era aquele vírus marado que bloquearia os computadores pois as combinações binárias entrariam em parafuso pós 1999; para os fanáticos de múltiplas religiões estava escrito, nas entrelinhas de diversas obras de referência, que o planeta não passava para além de 2000; umas videntes até vieram à televisão partilhar com o país as suas razões... e eu também sempre acreditei na explicação que o meu pai me deu, para aí quando eu tinha 10 anos e lhe perguntei se o mundo algum dia acabava e que foi a brilhante e pragmática: "o mundo acaba todos os dias para as pessoas que morrem."
E pronto, uma pessoa era mais jovem e ´bora lá viver bem e rapidamente que isto de virar um século nunca me aconteceu antes e nunca se sabe...
E era a faculdade, a vida social tão hiper activa, os múltiplos e criativos hobbies, a luta socialmente empenhada por um mundo melhor e sem McDonalds, muita manif, muita noitada e ainda um part-time que dava um grande jeitinho para ter um dinheiro extra e me sentir muito independente.
Uma pessoa vê os trinta a aproximarem-se, com a faculdade acabadinha e mais uns extras académicos de parte, esfalfa-se para arranjar um emprego, mas daqueles que têm a ver com a área de formação (já agora!) em que se investiu (aos 30) mais de metade da vida e depois fica cansada...
Epá, é mais sem gás... tipo balão... um dia acorda-se e pertence-se ao sistema (I faught the law and the law won). E trabalha-se e compra-se uma casita (pequenina e em 3ª mão que isto aos 30 não dá para mais) e fica-se um bocado para a disquete formatada.
E penso eu, como nunca antes tinha tempo tempo para pensar: "Era isto que eu queria?"
Sinceramente não sei... Vou continuar a pensar aqui alto, pode ser que chegue a alguma ideia mais conclusiva.
Chama-se o blog "A mulher de trinta anos". E porquê? Primeiro porque sim e depois porque eu sou uma fã dos clássicos românticos e entre "Dama das Camélias" (Zola), "Madame Bovary" (Flaubert) ou, sei lá, "A solteirona" (Balzac) resolvi-me por uma designação muito básica, com uma conotação um pouquito mais simpática... Eu, trinta anos, mulher... Estão a ver?
E vai daí comecei a pensar nas diferenças entre a mulher de trinta anos do senhor Honório e eu (mais as minhas amigas geracionais e as conhecidas também). Fogooo e são muitas. Quanto mais se analisa a questão, mais diferenças aparecem.
A primeira é que a mulher "balzaquiana" é mais a minha mãe e as suas amigas. O aumento da esperança média de vida empurrou o conceito para a geração acima da minha. Que pena! O senhor Honório (o Balzac, pois `tá-se a ver) hoje, se escrevesse a obra (e poderia estar inscrita, na mesma, na "Comédia Humana") poderia muito bem chamar-lhe "A mulher de quarenta e picos" ou "A cinquentona" ou ainda, como diriam as mulheres de sessenta da minha família, "A gaiteira" (que é o que se chama popularmente a uma idosa foliona).
Assim sendo, este blog não é nada pretensioso. Não é obrigatoriamente humorístico, mas também não é depressivo. É para onde me der. Também não pretende ser pedagógico, nem moralista, nem uma verdade absoluta. É assim como a existência de cada qual... uns dias melhor e outros inevitavelmente pior.
Serve, o blog, para opinar sobre o que a mulher de trinta pensa sobre a sua condição. E como não sou porta voz das trintonas em geral, identifico-me como uma trintona urbana, independente e intelectualmente activa.
E por hoje tenho dito.
Passo a explanar as razões mais sinceras da abertura deste blog (e mais à frente seguem-se os objectivos. Pois é. Eu sou uma moçoila muito metódica... Ah pois!):
Primeiramente: não consegui resistir a ter também um espaço de opinião só meu... o egocentrismo blogosférico é inquestionável... ou não?
Em segundo: pensava aqui a "je" que os blogs (à excepção daqueles muitooo intelectuais... daquele pessoal que se diz anónimo e depois conta a toda a gente que tem um blog - atenção que estou a falar daquele pessoal reconhecidamente intelectual- que conhece todos os meios de comunicação social e eles a ele...) eram todos um bocado mal escritos, cheios de abreviaturas das palavras, as sílabas comidas... enfim, demasiadamente canibais linguísticos... mas enganei-me... Alguns blogas são realmente muito bem escritos... como diriam as mulheres de sessenta da minha família "sim, senhoraa!"),
(E por último) ... vai daí pensei "Fogo pá, tu gostas mesmo de escrever... podesser trintona anónima, podes opinar e não precisas de conhecer nenhum potencial leitor..."
E pronto, convenci-me e cá estou eu...
Os objectivos ficam para a próxima que hoje é domingo e uma trintona tem mais coisas para fazer... por exemplo ir... sair, pois!
ok, ok... estou muito contente com os progressos que este mail já sofreu. Demorou. É certo; contudo consegui uma apresentação deste blog um pouquito (eu sei, só um pouquito) mais personalizada.
Bem, estou tão contentinha que vou terminar este post e acrescentar mais um.
Inté já.
Este blog é fresquinho e está em processo de construção que me irá conduzir em breve à loucura.
Porquê? Mas porque razão não consigo importar as minhas fotos do sapo fotos???
Enquanto não consigo estejam à vontade para gozar com a minha inépcia.
Brevemente voltarei e hei-de conseguir fazer alguma coisa de jeito desta página de apresentação assombrada por uma cara de sapo enorme. Até lá...