Ou doutra maneira: porque raio somos nós tão masoquistas com a nossa pessoa?
Então não é que descobri há pouco, mas isto já anda assim há uns bons anos, que existem desejos adormecidos em cada um de nós cujo cumprimento acarreta níveis consideráveis de perigo e são também altamente enganadores.
Desejos latentes (devem estar, só pode) que se soltam nas alturas mais inapropriadas. Desejos megalómanos ou não, mas parvos que se farta porque estão fora de tempo.
Chamar-lhes-ia de anseios inoportunos e deixo-vos uma lista ilustrativa da parvoíce da coisa de que falo:
- A constatação absurda de que não tenho nada que se aproveite para vestir, associada a uma forte e avassaladora vontade de ir gastar dinheiro, indo “às compras”, mais corriqueiramente apregoada cá em casa como “Não tenho roupa nenhuma!” (enquanto olho descorçoada para o roupeiro) e isto só acontecer quando não tenho mesmo dinheiro para gastar em roupa.
- A vontade incontrolável de comer todos os doces, sólidos, gelatinosos e cremosos, queijos e junk food em geral, que tenho em casa no dia antes de ir fazer análises e com isto ainda ficar boquiaberta com os índices elevados do meu colesterol “mauzão”.
- Aquela pergunta, mesmo parva, que disparamos sem pensar, com a vontade genuína da saudade à mistura, a um/a conhecido/a que não vemos há muito tempo e que até sabemos que é um pouquito hiponcondríaco/a e verbalmente diarreico/a: “Então, o que é que tens feito?” e ser esta a última pergunta a fazer a tal pessoa, pois é de âmbito demasiado lato e ficamos a levar com um monólogo depressivo numa maratona de várias temáticas sempre em torno de si próprio.
- Tomar decisões parvas em momentos mesmooo desadequados como, por exemplo, acordar e achar que está um dia tão bonito que merece mesmo uma caminhada saudável e enérgica, ainda longa, até ao local de trabalho. Deixar o carro à porta de casa, começar a caminhar e só na subida mais íngreme, já cheiinha de dores de barriga, me lembrar que começa hoje uma altura do mês algo incomodativa. Chegar ao trabalho de mau humor, com dores nas pernas, despenteada (porque entretanto estava sol, mas uma ventania) e os sapatos todos enlameados. Mais as dores de barriga. E saudável e enérgica serem adjectivos tão distantes da minha pessoa como, entre si, o Pólo Norte e o Pólo Sul.
Daaah!!!
De
Mak a 22 de Janeiro de 2008 às 14:52
A lógica dos opostos é sempre válida nas mais diversas matérias...
E olha que eu sou do contra muahahah
Pois... fiquei a pensar nisso e cheguei à brilhante conclusão que deve ser por isso que me sinto tão completa! Ainda bem que comentaste num dia de contra moderado! :)
De
sonjita a 22 de Janeiro de 2008 às 22:15
Eu tb tenho dias assim... só me apetece aquilo que não posso fazer... mas acho que acabamos todas por passar por dias desses, comer tudo o que é porcaria quenos aparece à frente ou então ir às compras só para comprar qualquer coisa que afinal n precisamos assim tanto. Agora a última, a de tentar arrancar um palavrinha a quem n quer conversa, essa é que é... autênticos monólogos pq eles só respondem ao essencial, e se responderem :(
BJoka
É, não é? Mais tarde ou mais cedo toda a gente cai nessa, mas não posso deixar de achar que estas situações são mesmo perda de tempo :) Bjs
De
sonjita a 25 de Janeiro de 2008 às 00:04
Acredita.... é mesmo uma grande perda de tempo!!
De
framboesa a 23 de Janeiro de 2008 às 09:12
Tá maliiiiiii!
Então agora andas a fazer posts sobre a minha pessoa...tim tim por tim tim?!eh eh eh
Ainda para mais pq estou precisamente na fase 4 do teu post...lol
bjs femininos!
Vê lá! Isto acontece a mais gente do que eu imaginava! :) Tá mali, tá. Bem vinda ao "clube". Bjs
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