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Ou de como pode ser verdade aquela máxima de que, no fundo, da nossa rede de relações sociais, pequena e local, podemos partir para estabelecermos contactos com quase metade do mundo, aproximando o mundo a partir de um ponto que somos nós pois há sempre um primo de um amigo que na parte mais remota da China encontra a tia avó de uma amiga do marido desse primo de um amigo que nos conhece...
Moro numa cidade com mais de 160 kil habitantes. Pronto. Comprei o carro num stand duma localidade, algo remota, da área desse concelho. A preencher os papeis burocráticos no stand diz-me o vendedor a olhar para o meu recibo de ordenado: "- Olhe, trabalha aqui?! Conhece o Ambrósio Augusto?". Respondo eu, "- Ó senhor, sei lá eu, aquilo é muito grande e não nos conhecemos a todos.". "-Ah, que pena, é um sujeito simpático, vendi-lhe ontem um carro. Aqui no recibo de ordenado dele, o Departamento é o mesmo que o seu, por isso pensei que se conhecessem.". "Ah, não devemos, o Departamento tem dezenas de funcionários e não estamos todos no mesmo local." E ele não desiste: "pronto, está bem, só que no local de trabalho diz o mesmo que no seu..."
Era mesmo o meu colega mais introspectivo. Aquele sobre quem ninguém sabe nada. O que não conta nada.
No outro dia de manhã, no corredor dos gabinetes, o que é que eu fiz?
"Oláaa, Ambrósio! Então compraste um carro novo porque te vais casar?"