A mulher de 30 anos não era nascida no 25 de Abril de 74; não ouviu radionovelas e não vibrou com o Festival da Canção. A mulher de 30 anos tropeçou em dois séculos e está aqui! Também opina, ainda não é anciã e agora é mãe

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Boa noite,Como a entendo.Uma coisa é fazer o "que ...
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Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2008

Tipo o anúncio da pilha, mas noutro formato

Estão a ver o anúncio em que a mulher chora copiosamente e a voz off nos narra como chegaram ao fim os dias daquela coisinha sempre tão presente na vida da pobre chorona, tanto tempo passado ao seu colinho, tantas recordações e outras lérias? Tão desgraçado é o anúncio que mesmo que uma pessoa esteja a cozer meias ou a fazer outra coisa qualquer acaba por olhar. Pois, comigo aconteceu uma coisa semelhante, mas mais orgânica.

 

Fui extrair um dente do siso.

 

Estou com saudades dele. E não estava preparada.

 

Ia só tratar um canal de um dente em processo de desvitalização. Lembrei-me de aproveitar para perguntar à dentista se estava tudo bem com o dente do siso que, de tão escondido, eu não via ao espelho e que às vezes dava um ar da sua graça. Radiografia depois, o veredicto foi aterrador: "Tem de ser extraído e rapidamente!", e eu, a medo, "Quando? Para o mês que vem...?" e ela, implacável: "Quê?! eu faria hoje.", e eu, ainda a tentar desviar-lhe a atenção: "Então e o canal... esta desvitalização... ah, ah?", e ela, cada vez mais entusiasmada, "Fica para a próxima, ainda se aguenta bem!" e a pedir á assistente os mais inomináveis utensílios, incluindo um que me chamou a atenção porque era do formato duma chave de fendas...  e aí, sem esperar, sem pedir, a minha dentista ofereceu-me o pensamento da semana (pela módica quantia de 55 euros e um dente a menos):

 

"Um dente do siso é como um mentiroso, parecem fortes, mas nunca sabemos o que escondem por detrás!"

 

Épá, eu aí quase que lhe ia pedindo um intervalo para fumar um cigarro e meditar naquilo, mas não, não me deu tempo. Explicação sobre o processo, ela de pé, eu deitada, anesteciada e hirta de pavor, boca aberta, menos aberta, não tão pouco aberta. Os sons que de lá vinham pareciam as obras na casa de banho dos meus vizinhos do 2º andar, ouvia rancher, ouvia guinchar e... taram!!! O dente malfadado! Feio e esburacadinho e eu, linda de morrer: babada, , anesteciada, em choque... "Já acabou?" [daaa, o dente estava ali...].

 

E agora estou a tentar interiorizar esta perda. Este bocadinho de mim que lá ficou. Este buraco estranho que está ao lado do meu molar.

 

Porquê? Porque nos nascem os dentes do siso, se não prestam? Se são como os mentirosos? E nos enganam? Nos provocam cáries e mal estar? Será que é a nossa parte diabinha a irromper? A fazer-nos lembrar que está ali, que faz parte de nós, mas que qual canídeo mal amestrado, se pode virar contra o dono?

 

E era engraçadinho: parecia uma bolinha mal esmaltada com três buraquinhos. se fizesse um furo entre os dois maiores, dava quase para fazer um fio, como aqueles que as avós usavam com os dentes dos netos, colocados no tradicional fio de ouro. Havia uma avó de uma colega minha da primária que parecia quase curvada sob o peso (tinha muitos netos).

 

Pronto, isto são efeitos do choque e do anti-inflamatório. Vou comer gelado da HagenDaz para ver se fico melhor.

 

 

sinto-me: desdentada
publicado por amulherdetrintaanos às 23:02
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