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A questão da decoração do quarto do bébé aos 30 meses é quase uma falácia: por mais que se tente manter um bucólico e arrumadinho décor, eis que entra de rompante uma baby-furacão e o clean mode é rapidamente subvertido. A verdade é que acho isso bastante saudável e também não me chateia nada andar invariavelmente a colocar a bonecada e seus adereços no lugar.
Na parte da arrumação no resto da casa tento ser relativamente rigorosa e apologista da máxima "desarruma-se, ´bora lá arrumar, yupi!". Claro que isto nem sempre é cumprido e também não faz mal. Apesar de cada vez mais brincar sozinha, vem sempre munida de brinquedos para perto de nós, casa de banho incluída. Mesmo assim acabei por transformar a parte do seu quarto que anteriormente estava ocupada pela cama-estúdio numa pequenina zona de brincadeira, com o seu tapete de actividades que dá um colorido ao quarto que eu aprecio bastante e onde estão o comboio da Lego, os Megablocks e os "meninos" carecas-bebés, invariavelmente espalhados pelo chão.
Aí coloquei também uma mesa do Ikea que, antes estava na nossa sala, e é óptima para desenhar, fazer plasticina, pintar com aguarelas, tem muito espaço e foi barata, daí servir livremente para a criatividade infantil sem grandes mágoas. Os muitos livros, oferecidos, escolhidos e comprados ou aqueles trazidos da biblioteca ocupam grande parte do seu armário principal do quarto (que havia pintado de cor de rosa em Setembro passado) e estão colocados ao nível das suas mãozinhas para que possa escolher o que lhe apetece folhear. Há outra mesa de apoio (também pintada em rosa) que serve para instrumentos musicais ou para outros brinquedos. Depois existem dois caixotes de arrumação: um deles, branco com uma grande girafa pintada, com dezenas de peluches, bolas e bolinhas e gadgets de plástico. O outro tem tudo isso e mais uma pequena colecção de bonecos de borracha (para a qual contribuí com o meu urso Micha e que à conta da minha filha já tem uma orelha roída).
Agora, isto é uma avalanche de acumulação, claro. Está sempre a crescer e uma pessoa não pode estar sempre a colocar caixotes de arrumação no quarto da criança senão qualquer dia parece uma despensa. A minha pergunta é a seguinte: - Faz-se um rastreio de peluches e doam-se alguns? Será que ela vai ter saudades?
Outra pergunta ainda: - Quando é que é tempo de arrumar coisas com as quais ela não brinca ou brinca pouco (há duas cozinhas neste quarto, livro-me de uma sem traumas?)
Ainda permaneço com o berço, pelo menos até aos 3 anos de idade, daí e dada a sua localização, não poder usar as duas ripas-prateleira do Ikea para outro fim senão para mais peluches, pois ela facilmente consegue alcançá-las. E é isto. Creio que este Verão farei uma primeira ronda de destralhamento a alguns brinquedos. Para começar, a beringela-cavalo já foi dada a um novo bebé:)