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A bicicleta foi um excelente predicado da minha Primavera... E com o Outono vem sempre a inevitabilidade de mais idade...
A partir deste fim-de-semana, este blog dever-se-ia passar a chamar "a mulher de trinta anos... e meio... mas com muito bom aspecto."
Para as trinta e tal pessoas que durante o dia quando se cruzam comigo me dizem - Ah e tal e agora é que ´tás gira, ´tás a ver mais uns quilinhos e que jeitosa ficas?! Bem, já devias ter engordado há mais tempo! Fica o esclarecimento: são parvas ou quê?! Não pensam antes de falar? Sofrem todas de Tourette? Só a barriga cresceu almas! Como é que alguém sem estar num estado "interessante" fica bem só com mais 5 quilos de pança?! Alguém me explica?
Assim se fica quando todas as sessões teatrais baratas esgotam um dia antes. Nem cinema, nem teatro, nem spa. Dormir, basicamente. E jantar de amigos, vá lá. Ah, mais bolo de chocolate gigante.
Partilho com o mundo esta perolazinha nacional.
Não é todos os dias que se descobre um super herói português.
O filme promocional (15 minutos) passou no MotelX e agora já há grupo de pressão no facebook para alguma televisão pegar no projecto.
Vejam lá (se ainda não viram).
Entre este
Ou este
Pois, depende do espírito. Estou para os dois. Não estivéssemos em contenção até ia ver os dois. Um deles à matiné de domingo que tem sempre um encanto demodé, mas não. Só pode ser um.
Alguém viu algum?
Descobri um amuleto e, por isso mesmo, passou mesmo à categoria de amuleto. Deram-me uma folhinha destas em Dezembro com a indicação de guardar, tipo ramo de espiga, pois traria bons ventos e fortuna durante o ano. E eu guardei. [cid:image001.jpg@01CC79EC.80465F00] Ontem, quando arrumava a carteira, piquei-me. Era a folha. Sou crente.
Eu tenho firmemente a quase certeza que os inícios são do mais difícil. Até a fotografia para não me esquecer da sequência foi atrapalhada por um telemóvel hiper sensível.
Ainda é um monte de retalhos (precisamente 72) e, em falta, 5 quadrados. Faltou o tecido e as alternativas são garridas demais. Irei em busca de quadrados verdes na segunda feira.
Portanto, eu não costuro. Não tenho máquina. No fundo (e aqui reside a ironia) tenho a grande ambição de activar a minha parte de costureira, latente há anos. Falta-me a máquina, falta-me uma workshop de jeito, faltam as duas coisas em simultâneo.
Ora, comprar o tecido, fazer o molde (isto parece muito aleatório na imagem, mas estão ali horas de criatividade na junção dos padrões para, no fim, parecer propositamente displicente) cortar o tecido, acertar os 70 e tal quadrados à medida (mais ou menos que a tesoura encravou entretanto).
E já está. A parte da frente. A de trás já existe e já está cortada. A do meio saiu barata graças às quinhentas forras de edredon oferecidas pela La redoute.
Agora, o engraçado. Eu comecei a cortar tecido furiosamente porque achei uma ideia muito engraçada, um bom projecto de lazer, fazer uma manta de retalhos que pudesse servir de apelo à imaginação d@ meu futur@ infante na hora de dormir (não se consegue ver mas há uns quadrados de vacas a pastar ali pelo meio e uns ursos a comer e outras piroseiras assim). Nunca pensei que saísse muito caro. Mas sai. Ainda tive sorte porque uma costureira amiga me vai coser à máquina os quadrados alinhavados por mim (eu nem quero imaginar quanto levaria a senhora da loja de arranjos da minha rua) e, finalmente, coser as três partes, senão havia o projecto de descedência ter 20 anos e ainda andaria eu com a colcha atrás.
Para ilustração desta epopeia. A colcha!
Com narrativa nos anos de 1960 nos E.U.A. trata de uma família separada pela ideologia política- avó de elite e filha hippie extremista. Sobra o neto da primeira criado por ela enquanto a mãe anda pela clandestinidade a fabricar bombas até ao dia em que "alegadamente" a progenitora rapta o infante de oito anos e embarcam numa fuga que vai parar à Austrália. O interesse do livro é a sua arrumação alternada entre a história pelos olhos da criança (a quem ninguém conta nada) e à sua intuição que o leva a "uma" interpretação dos acontecimentos e a história pelos olhos do narrador que deixa perceber uma outra intuição, a dos adultos, e de como as escolhas destes são tão ou mais insólitas e ilógicas do que as da criança. Muito bom para nos relembrarmos de como pensávamos quando não tínhamos a experiência de hoje, o vocabulário de hoje, o cérebro formatado de hoje. A empatia com a lógica do miúdo é o mais fascinante de quem lê. Muito bom mesmo.
A mais grave crise neste momento nem é bem a económica, tem a ver sobretudo com a proliferação de uma subcultura muito jovem e eticamente raquítica com um problema de identificação de alguns valores morais. Creio mesmo que em muitos bons lares portugueses pululam criancinhas aparentemente inocentes e angelicais e que, quando em grupo, praticam cada crime que poria o vintage carteirista, essa figura obscuramente mítica, a corar de vergonha. Dois exemplos. Dois miúdos de uns 10/11 anos, entenda-se fedelhos, roubaram por esticão uma senhora com idade para ser avó deles bem num centro urbano. Puxaram e correram, diziam as testemunhas, pois eu não vi, mas o nervoso e o choro da senhora roubada convenciam qualquer pessoa. Nunca mais ninguém os viu. Segundo exemplo, os 5 caixotes do lixo da minha rua, esses pobres contentores que, de há 2 meses a esta parte (quando as aulas terminaram, não?), são consecutivamente incendiados. Duas vezes aconteceu isto, duas vezes foram repostos. Moradores a ligar por socorro, bombeiros a apagar, polícia a tomar conta da ocorrência e miliantes, nem vê-los. Ontem foi a terceira. À noite, um clarão ilumina o céu, um cheiro nauseabundo invade o ar e mais dois caixotes à vida. Moradores a ligar por socorro, bombeiros a apagar, polícia a tomar conta da ocorrência... Toda a gente avista um bando de imberbes a rondar os caixotes minutos antes, mas depois ninguém vê nada! E a Junta de Freguesia que os reponha! Isto são recursos deitados fora! Eu acho que, neste momento, há realmente um grave problema com uma geração muito alienada da sociedade em que se insere. Uma espécie de sociopatia por contágio. Faz-me lembrar "O Senhor das Moscas", mas com adultos à mistura, o que ainda torna a coisa mais grave, pois parece que há no ar a ideia de que se a dívida pública diminuir Portugal fica no paraíso e o restante estado social do país se resolve por si só. Se calhar sou só eu que considero que Londres é já ali e as nossas criancinhas para terem pais que as alimentem, vão deixando de ter quem as eduque. É que não há tempo para tudo, mesmo em alturas de crise económica.
Cheira a outono, eu estou branca que nem uma alforreca e o sol continua por cima das nuvens, escondido. Quando é que chega o verão?